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Acampamento Lava Jato reabre, mas será alvo de fiscalização por não ter alvará para vender camisetas

Na volta do acampamento da Operação Lava Jato nesta sexta-feira, apoiadoras do juiz Sergio Moro dizem oferecer camisetas em  troca de doações. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Na volta do acampamento da Operação Lava Jato nesta sexta-feira, apoiadoras do juiz Sergio Moro dizem oferecer camisetas em troca de doações. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

Desmanchado na quarta-feira (15) por não seguir normas de urbanismo de Curitiba, o Acampamento Lava Jato, que reúne apoiadores do juiz Sergio Moro em frente à Sede da Justiça Federal do no bairro Ahu, voltou a funcionar nesta sexta-feira (17). A Secretaria de Urbanismo pediu a retirada de faixas das árvores da Praça Alexandre Brotto e autorizou que o acampamento continuasse funcionando. O grupo, porém, deve ser alvo de fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo diante do comércio de camisetas que estampam o rosto do magistrado e frases de apoio à Operação Lava Jato.

A administração municipal, que na gestão do prefeito Rafael Greca (PMN) reforçou a fiscalizações para combater o comércio ambulante irregular, afirmou por meio da Secretaria de Urbanismo que foi até o local e não constatou a venda de produtos, mesmo assim, promete voltar ao acampamento para verificar novamente a situação. A reportagem foi ao local na manhã desta sexta-feira (17), quando as camisetas com o rosto de Moro estavam estendidas em frente ao acampamento. “A Secretaria Municipal do Urbanismo já está programando ações para verificação e aplicação das sanções previstas”, afirma a pasta em nota. Entre as punições, caso seja constatada a irregularidade, estaria a retirada e apreensão dos produtos.

Os líderes do acampamento negam que as camisetas sejam comercializadas, mesmo recebendo dinheiro pelos produtos. Em média, cada camiseta sai pela “doação” de R$ 50. “Com o sucesso da Operação Lava Jato, há um grande número de turistas e cidadãos que vêm até a sede da Justiça para apoiar o Sergio Moro e nos oferecem doações para continuar a mobilização. Para não aceitar dinheiro e dizer que somos financiados por uma ou outra pessoa, damos a camiseta em troca de doações”, argumenta a advogada Paula Milani, que faz parte do grupo.

Paula ainda afirma que o grupo coloca dinheiro do próprio bolso no acampamento e que fizeram as camisetas para não receber doações “de graça”. “Não temos alvará nem CNPJ porque não somos uma empresa de camisetas e nem mesmo um centro de arrecadação de gorjetas. Cada um aqui tem outra fonte de renda e está doando tempo e dinheiro para arrumar o Brasil”, afirmou.

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