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operação Adren

Ação contra o tráfico tem 40 mandados de prisão, também contra policiais civis e militares

Quatorze pessoas foram presas na Operação Adren, na manhã desta quarta-feira. A ação do Ministério Público e da Polícia Civil visa cumprir mandados de prisão preventiva contra 40 pessoas, incluindo quatro policiais civis e dois PMs, na região do Sul Fluminense, São Paulo e em Minas Gerais. Eles são acusados de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro. Ao todo, são 43 denunciados. Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também cumprem 64 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores de todos os denunciados.

Segundo a denúncia, a quadrilha estava vinculada a uma facção criminosa paulista, com forte influência nos presídios de São Paulo, que fornecia os entorpecentes. Os acusados abasteciam diversos traficantes do Sul Fluminense, que distribuíam e vendiam drogas por todo o estado. O grupo criminoso também atuava em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo.

De acordo com o delegado Ronaldo Aparecido, titular da 90ª DP, as investigações tiveram início há 14 meses a partir de um inquérito da unidade que apura o tráfico de drogas naquela região. Segundo o delegado, o grupo tem diversas células e age trazendo drogas do Paraguai e distribuindo em cidades do Sul Fluminense, Minas e São Paulo. As investigações apontaram que uma das células chegou a lucrar mais de R$ 1 milhão por mês com a venda de entorpecentes, como maconha e cocaína, e insumos para o refino da droga.

“Durante esses 14 meses fizemos diversas ações em que estouramos quatro refinarias de drogas, duas em São Paulo e duas no Sul Fluminense. Além disso, prendemos diversos traficantes e apreendemos drogas e material para o refino”, destacou Aparecido.

Policiais

O transporte e o estoque das drogas eram feitos pelos policiais civis Guilherme Dias Coelho, conhecido como Guilherminho; Pablo Bafa Feijolo, Clodoaldo Antônio Pereira e Ricardo Wilke. Eles repassavam os entorpecentes para os traficantes responsáveis pela revenda. Até mesmo, parte da droga apreendida durante operações policiais, era desviada e transportada em carro oficial da Polícia Civil para depois ser traficada.

Além disso, os policiais civis Coelho, Feijolo e Pereira, junto com o PM Hugo Leonardo Guerra; o PM reformado Gilson, o Macarrão; e outros criminosos, extorquiam e praticavam crimes patrimoniais contra traficantes do Sul Fluminense.

Também estão sendo investigados outros criminosos da região a partir de dados fornecidos por integrantes da própria quadrilha. Segundo a denúncia, quando encontrados, eram extorquidos para que não fossem presos. Em alguns casos, também eram sequestrados e tinham objetos como carros, eletrodomésticos e joias roubados. A devolução de parte desses pertences também era negociada pelo bando.

De acordo com o MP, ao longo das investigações, iniciadas em meados de 2014, foram feitas prisões e a apreensão de aproximadamente 65 quilos de entorpecentes e material utilizado no preparo da droga, encontrados numa refinaria de cocaína na capital de São Paulo.

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Barra Mansa, Volta Redonda, Barra do Piraí, Pinheiral, Resende, Itatiaia, Penedo, Angra dos Reis, além de Pouso Alegre, em Minas Gerais e em São Paulo capital e nos municípios de Mogi Guaçu e Itapira, no estado de São Paulo.

A ação conta com apoio das delegacias: 88ª DP (Barra do Piraí), 91ª DP (Valença), 92ª DP (Rio das Flores), 94ª DP (Piraí), 95ª DP (Vassouras), 96ª (Miguel Pereira), 97ª DP (Mendes) e 98ª DP (Engenheiro Paulo de Frontin), além de equipes dos Departamentos Geral de Polícia da Capital (DGPC) e Especializadas (DGPE) e Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

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