Foto do repórter fotográfico Rodolfo Bührer mostra em quais mãos (ou pés) está o destino do Atlético nesta quarta-feira| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Brasília – Em mais uma derrota de Renan Calheiros (PMDB- AL) no processo que enfrenta no Senado, a Mesa Diretora autorizou ontem, por unanimidade, a Polícia Federal a fazer perícia em documentos apresentados pelo presidente da Casa. O pedido, originado no Conselho de Ética, foi encaminhado ao ministro da Justiça, Tarso Genro. Até o último momento o presidente do Senado tentou impedir que o trabalho fosse feito pela Polícia Federal.

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Durante a reunião o advogado de Renan, Eduardo Ferrão, tentou excluir duas das 30 perguntas do conselho que pautarão os trabalhos da Polícia Federal. O ministro da Justiça, à tarde, acatou o pedido do órgão, mas afirmou que "detalhará a competência" da Polícia Federal para fazer a perícia.

"O trabalho da Polícia Federal será restrito às questões debatidas no Conselho de Ética. Uma investigação mais ampla só pode ser feita por determinação do Supremo Tribunal Federal", disse Tarso.

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A perícia pretende verificar, em um prazo de 20 dias, se as operações de venda de gado declaradas por Renan realmente ocorreram. Ele é acusado de ter despesas pessoais pagas pelo lobista de uma empreiteira.

Na tentativa de provar que tinha renda suficiente, o presidente do Senado afirmou ter ganho R$ 1,9 milhão nos últimos quatro anos com atividades agropecuárias.

O advogado de Renan não queria que a PF verificasse se as notas fiscais respeitaram a ordem cronológica, nem se elas e as Guias de Trânsito Animal (GTAs) correspondem ao gado vendido.

Laudo preliminar da PF apontou inconsistências nesses documentos.

O advogado teria afirmado que as notas fiscais só são emitidas depois que os cheques são descontados, e haveria muitos cheques pré-datados. Isso justificaria a desordem cronológica.

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