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O abuso da força na política de segurança do Rio, denunciado esta semana pela Anistia Internacional, pode estar por trás do crescente número de pessoas atingidas por balas perdidas em meio ao conflito entre policiais e traficantes nas favelas cariocas. É o que indica uma pesquisa que o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro está fazendo na favela da Rocinha, zona sul do Rio. No ambiente inseguro da favela, os pesquisadores ouviram de muitos entrevistados que a presença da polícia é um fator de risco maior para suas vidas do que a dos traficantes.

Os pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação da Uerj, resolveram então fazer um levantamento em notícias de jornal entre os anos de 1987 e 2006 e constataram que a rixa entre quadrilhas realmente atingiu menos moradores sem envolvimento com o crime.

A maior parte das notícias sobre crianças, idosos e outros inocentes baleados vem de embates entre a polícia e traficantes. Como a pesquisa ainda não está completa e leva em consideração apenas depoimentos e o noticiário, os pesquisadores preferem não dar números.

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