O Exército divulgou nesta quarta-feira (17) um balanço preliminar da "Operação Ágata", realizada com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), Marinha, Polícia Federal, Receita Federal e Ibama para coibir tráfico de drogas e armas, desmatamento e outros crimes na fronteira do Amazonas com a Colômbia.
Desde o dia 4 de agosto, quando a ação começou, foram desativados dois grandes garimpos ilegais na Amazônia. Um deles foi na região da Serra dos Porcos, em São Gabriel da Cachoeira, próximo à fronteira com a Colômbia.
Segundo o Exército, quatro pessoas foram presas na ação e diversos abrigos improvisados em que os garimpeiros moravam foram destruídos. Outro garimpo destruído ficava na Serra dos Tucanos, ao norte de Tabatinga e de Vila Bitencourt.
Também foram inutilizadas mais duas pistas de pouso clandestinas, que foram bombardeadas por quatro caças A-29 próximo à cidade de São Gabriel da Cachoeira. Tropas da Força Nacional de Segurança também participaram da ação.
No início da semana, outra pista clandestina foi destruída em Villa Bittencourt, na fronteira com a Colômbia. A previsão é de que na madrugada desta quinta-feira (18), mais uma pista que foi identificada recentemente pelas tropas seja destruída na Serra do Caparro, na região da Cabeça do Cachorro.
Produtos irregulares
Em atuação conjunta com a Receita e o Ibama, os soldados do Exército apreenderam mais de duas toneladas de produtos irregulares no porto de Tabatinga e em São Gabriel da Cachoeira. Um depósito de lixo foi autuado pelo Ibama em São Gabriel da Cachoeira. Os fiscais tiveram segurança de militares para realizar a ação.
A "Operação Ágata" começou no dia 4, quando o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim esteve em Tabatinga, na fronteira brasileira com a Colômbia junto com o vice-presidente, Michel Temer, assinando um acordo para a criação da Comissão Binacional Fronteiriça, que permitirá a atuação conjunta de tropas colombianas e brasileiras no combate ao tráfico na região.
Cerca de 3,5 mil militares do Exército, FAB e Marinha estão participando da ação, em que as tropas realizam bloqueios e revistas de pessoas, veículos e embarcações para coibir garimpo ilegal, desmatamento, plantio de drogas, tráfico e outros crimes na fronteira.
As tropas também estão dando apoio para que fiscais da Receita Federal, Funai e Ibama possam atuar em localidades distantes no Amazonas.
Desde 4 de agosto, 1.096 pessoas, 765 motos e 159 carros já foram fiscalizados em bloqueios fixos na fronteira. Mais 3.674 pedestres, 1.967 motos e 408 carros foram revistados dentre de áreas urbanas. A operação não tem prazo para terminar.