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Operação Dínamo

Ação de fiscalização apreende 89 toneladas de dinamite na Grande Curitiba

Uma operação de fiscalização a empresas que utilizam explosivos em suas atividades terminou com 89 toneladas de dinamite apreendidas na região de Curitiba. No total, foram feitas 16 autuações e oito apreensões em 118 vistorias feitas pela Polícia Civil e o Exército Brasileiro. O material foi apreendido porque não possuía número de identificação e agora os empresários vão ter que explicar porque isso ocorria.

O titular da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam), Alfredo Dib Júnior, diz que as empresas que utilizam dinamite em suas atividades tinham parte do seu funcionamento normal. "Esse material seria utilizado para o fim lícito das empresas. É um material de empresários que mantém cadastro como prevê a lei e estoques dentro de padrões. Mas o que ocorre é que o produto não tem identificação."

Conforme explicou o delegado, sem o controle, a dinamite pode ser utilizada para atividades ilegais, assim como explosões em caixas eletrônicos ou até mesmo atentados terroristas. A assessoria da Polícia Civil informou que os alvos da operação são empresas especializadas em explosões, pedreiras e exploradoras de minérios.

Sem especificar as cidades e empresas nas quais foram feitas as operações, Dib diz que o aperto nas fiscalizações zerou o número de explosões em caixas eletrônicos. "O que vemos por aí é arrombo de caixa eletrônico com picareta, pé de cabra. Nós apuramos explosivos, se tiver uma bombinha lá [no local do crime] vamos querer saber de onde ela veio."

Além da dinamite, a política também apreendeu outros materiais utilizados na hora de fazer uma explosão. Segundo o delegado, estão em poder da polícia 99 retardos para explosivo, 10 quilos de pólvora caseira, 40 metros de estopim, 936 peças de iniciadores, 1,8 mil espoletas e 75 quilos de Anfo (um tipo de explosivo em gel).

Ao todo, 21 equipes participaram da ação, batizada de Operação Dínamo, realizada durante o mês de novembro. O delegado diz que a ação de fiscalização vai continuar, e que à medida em que novos casos sejam identificados, os responsáveis pelas irregularidades vão ser intimados a dar explicações sobre o caso ao exército (que é quem regula o assunto). Dependendo da justificativa, o material pode ser liberado para a utilização novamente ou então destruído pela polícia.

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