As internações compulsórias ou involuntárias de dependentes químicos na região da Cracolândia deverão começar na próxima segunda-feira, anunciou ontem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
O trabalho será feito em conjunto com profissionais da saúde, Ministério Público, Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo o TJ-SP, nesta semana estão sendo tomadas as providências relativas à estrutura física da sala que será usada para atendimento no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas.
Em nota, a Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania informou que só falta a designação dos plantonistas. "Esses profissionais atuarão no projeto que viabilizará internações involuntárias e compulsórias de dependentes químicos com estado de saúde mais grave, sem consciência de seus atos, e que se recusem ao tratamento voluntário", diz o texto.
A força-tarefa foi oficializada na última sexta-feira, quando o governador Geraldo Alckmin ressaltou que o objetivo do projeto é dar apoio aos usuários de drogas, fornecendo principalmente tratamento ambulatorial e fazendo o maior número possível de internações voluntárias.
Plantão
Naquele dia, Alckmin informou que o governo paulista dispõe de 5,6 mil vagas para tratamentos de dependentes químicos. Os casos com indicação de internação serão encaminhados por profissionais da área de saúde e avaliados por promotores, juízes e advogados, que manterão plantão das 9 às 13 horas, na sede do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas, que fica no bairro Bom Retiro.