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Foz do Iguaçu – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aguarda autorização da Justiça para a Polícia Federal (PF) cumprir mandado de reintegração de posse no Parque Nacional do Iguaçu, área de 185 mil hectares, situada no Oeste do estado. A reserva está ocupada, há um mês, por 55 índios avá-guarani. Eles montaram acampamento no local para reivindicar uma aldeia maior para viver.

Os índios estão em uma clareira situada no interior do parque, na região de São Miguel do Iguaçu, a 45 quilômetros de Foz do Iguaçu. Eles são procedentes da aldeia de Santa Rosa do Ocoí, situada no mesmo município, mas reclamam que a área, de 231 hectares, é insuficiente para abrigar as 134 famílias da tribo.

O pedido de reintegração de posse foi encaminhado na última segunda-feira à 2.ª Vara da Justiça Federal de Foz e está sendo analisado pelo juiz Rony Ferreira. O diretor do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, diz que o órgão manteve inúmeros contatos com os índios na tentativa de chegar a um acordo.

Mas as negociações só devem avançar caso seja confirmada a compra de uma nova área para os guaranis. Segundo Pegoraro, o Ibama e a Fundação Nacional do Índio (Funai) estão discutindo a possibilidade de adquirir uma reserva no município de Matelândia, situado a 70 quilômetros de Foz do Iguaçu. O local tem 300 hectares, dos quais 200 de mata nativa.

Os índios estão receptivos à idéia e dizem que, se receberem a área, poderão deixar o parque. Um dos líderes da ocupação, Linocesar Konome Pereira, substituto do cacique, afirma que os índios acampados estão passando por dificuldades porque está faltando alimento e não há local para plantar no parque. "Aqui também está difícil para nós." Atualmente, existem no Paraná 12 aldeias de índios guaranis demarcadas e outras cinco não demarcadas.

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