São Paulo Uma operação policial na favela da Coréia, em Senador Camará (zona oeste do Rio), deixou 12 pessoas mortas ontem, segundo informações do governo do estado. Entre os mortos estão uma criança de 4 anos e um policial civil. As outras vítimas seriam traficantes que entraram em confronto com a polícia.
Outros três policiais ficaram feridos, entre eles o delegado-titular da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Rodrigo de Oliveira, que levou um tiro de raspão no pescoço. Cerca de 300 policiais participaram da ação.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), 11 pessoas foram presas durante a operação, que terminou por volta das 16h30. Foram apreendidos cinco fuzis, quatro granadas, seis pistolas, uma metralhadora, munição, quatro celulares, quatro radiotransmissores, além de maconha e cocaína que ainda não foram contabilizados.
Confrontos
O objetivo da operação seria prender criminosos e apreender armas nas favelas da Coréia e do Taquaral. Os confrontos começaram com a chegada dos policiais civis à região. Além dos tiros, explosões de granadas foram ouvidas.
Parte das armas alguns dos fuzis e granadas foram localizados em uma casa improvisada na favela da Coréia. O local fica em frente à casa do menino Jorge Kauã Silva de Lacerda, 4 anos. Ele foi atingido na região do tórax durante a troca de tiros entre policiais e traficantes. O garoto chegou a ser socorrido ao Hospital Albert Schweitzer, mas chegou morto à unidade.
Ainda não há confirmação se o tiro que atingiu a criança partiu de arma da polícia ou dos criminosos. Para protestar contra a morte da criança, moradores da favela queimaram um ônibus na região.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que as operações policiais continuarão sendo realizadas e que a Secretaria da Segurança tem seu incentivo para que mantenha ações planejadas e que evitem a morte de pessoas inocentes.
A favela da Coréia, em Senador Camará, na zona oeste do Rio, é um dos principais redutos dos traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP), dissidência do Terceiro Comando criada pelo traficante Robson André da Silva, o Robinho Pinga, que está em Bangu 1 desde que foi preso, em 2005, mas até hoje é o principal líder da facção. A localidade, que é plana, é considerada uma das mais violentas pela polícia do Rio.
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