O rompimento de uma adutora da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) causou a morte de uma criança de 3 anos e deixou um rastro de destruição, ontem de manhã, no bairro Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. O acidente feriu 17 pessoas, arrasou casas e veículos, e deixou 86 famílias desabrigadas. O volume de água chegou a 2 metros de altura e invadiu pelo menos três quarteirões. A Polícia Civil investiga as causas do rompimento. As informações são da Agência Brasil.
Dezessete famílias desalojadas (70 pessoas) estão hospedadas em dois hotéis na região central de Campo Grande. A Defesa Civil interditou os imóveis e fez uma avaliação dos danos. As vítimas do vazamento receberam os primeiros atendimentos na Escola Municipal Casimiro de Abreu.
Dos 17 feridos, dez foram levados para o Hospital Estadual Rocha Faria e sete foram atendidos no local do acidente e liberados, de acordo com a equipe de resgate dos bombeiros. Segundo a Secretaria de Saúde do Rio, apenas uma menina, de 8 anos, continua em observação no hospital. Os demais feridos já tiveram alta.
A menina Isabela Severo da Silva, de 3 anos, morreu por afogamento, segundo os bombeiros. Ela chegou a ser socorrida e reanimada no local, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e morreu no Hospital Rocha Faria, no mesmo bairro.
Outro lado
Em nota, a Cedae informou que irá custear o enterro e a prioridade é o atendimento às vitimas atingidas pelo vazamento de água. A companhia vai arcar com a hospedagem e alimentação dos moradores que perderam as casas.
A Cedae disse não ter recebido chamado da região para reparo em tubulações de menor porte ou de casas e "jamais houve qualquer conserto na tubulação, já que não tinha apresentado nenhum vazamento anteriormente". As tubulações de grande porte, como a adutora, "são monitoradas constantemente através do Centro de Controle Operacional, que identificou o problema no fim da madrugada de hoje e imediatamente deslocou a equipe de manutenção para o local. Caso algum rompimento tivesse ocorrido anteriormente, as consequências teriam sido semelhantes às ocorridas agora, portanto não seria possível o problema passar despercebido."