Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Estradas

Acidente com ônibus do Paraná mata 33 pessoas

Dois graves acidentes causaram a morte de 12 paranaenses em estradas, no domingo. No mais grave, um ônibus da cidade de Colorado, a 100 quilômetros de Maringá, no Norte do estado, colidiu de frente com outro de Bauru (SP), na rodovia Raposo Tavares, na cidade de Regente Feijó, no interior paulista. O choque causou a morte de 33 pessoas e ferimentos em 21. Até agora está confirmada a morte de dois passageiros de Colorado e dois de Santo Inácio, cidade vizinha – os nomes das vítimas estão sendo mantidos em sigilo, apenas familiares são informados. No ônibus de Colorado, cujo destino era São Paulo, viajavam 13 passageiros, enquanto que no de Bauru, com destino a Presidente Prudente (SP), iam 44. Ambos eram da empresa Andorinha.

Em 15 dias, o Instituto de Criminalística deve apresentar o laudo do acidente à Polícia Civil paulista. O prazo de conclusão do inquérito é de 30 dias. Uma das hipóteses mais provável para a causa do acidente é cansaço de um dos motoristas – ambos morreram na hora –, já que os dois ônibus estavam dentro do limite de velocidade (80 quilômetros por hora) e a estrada está em bom estado de conservação.

Testemunhas do acidente afirmam que o choque ocorreu por uma ultrapassagem mal-feita do ônibus vindo de Bauru. O veículo teria tentado ultrapassar uma carreta quando bateu de frente com o outro.

O choque foi tão violento que um dos ônibus entrou até a metade do outro veículo. Todos passageiros que estava na metade frontal do ônibus morreram. Com a batida, assentos foram jogados para frente, prensando os passageiros. Todos os feridos tinham fraturas e foram atendido em hospitais de Presidente Prudente.

O casal Moacir José Menossi, 61 anos, e Marlene de Oliveira Menossi, 46 anos, de Colorado, está entre os que não sobreviveram. De acordo com o irmão de Moacir, Máximo Santos Menossi, os dois estavam indo para São Paulo oficializar a contratação numa empresa de Mato Grosso. "Os dois iriam trabalhar numa ilha que recebe turistas", diz. Máximo revela ainda que os dois estavam desempregados há algum tempo e que demonstravam empolgação com a oportunidade de emprego. O casal, que tinha quatro filhos e cinco netos, morava na cidade desde 1967. "Fiz o reconhecimento do corpo. Ela estava bastante mutilada e ele teve mais ferimentos do tórax para cima", conta. Os corpos foram liberados ontem. O enterro foi no final da tarde. Máximo diz que a Andorinha está dando todo o apoio necessário (ver texto ao lado) e que a família ainda poderá procurar os seus direitos quando a dor da perda for amenizada. O clima na cidade é de consternação. "Minha família está desesperada", foram algumas das únicas palavras ditas à reportagem por Cléber, um dos filhos do casal.

Dois irmãos adolescentes também morreram no acidente. Eles moravam em Osasco (SP) e estavam passando férias na casa de parentes em Santo Inácio. Um tinha 16 anos e o outro 11. A família não foi localizada, mas segundo informações da responsável pela funerária que vai prestar os serviços, os corpos também serão velados em Colorado.

No meio de toda a tragédia o médico Patrício Nascimento, que mora em Colorado, mas trabalha em São Paulo – aos domingos ele vai para a capital paulista e às quintas retorna a Colorado – teve sorte. Ele viajou num ônibus extra da Andorinha que partiu 15 minutos antes. A esposa do médico, Evânia Nascimento, conta que o ônibus que o marido viajou foi parado pela Policia Rodoviária, sendo ultrapassado pelo do acidente. "Provavelmente seria o ônibus em que meu marido estava que iria bater", acredita. Nascimento, que é socorrista do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de São Paulo, ajudou no resgate dos feridos.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.