Um acidente na madrugada de ontem entre Irati e Prudentópolis, nos Campos Gerais, interrompeu, por mais de nove horas, o tráfego em um trecho da BR-277. No quilômetro 258 da rodovia, na Serra da Alvorada, dois caminhões que trafegavam em sentidos contrários pegaram fogo após baterem lateralmente. A explosão provocou a morte de um dos motoristas.
Um dos caminhões carregava 264 cilindros de gás de Araucária para Guarapuava, o que causou a explosão. O motorista, Ronaldo de Oliveira Souza, escapou ileso e ainda teve tempo de recuperar uma bolsa dentro do caminhão, onde guardava o 13.º salário, antes do fogo começar.
O caminhoneiro Edson Pablo Wionzek, de 28 anos, não teve a mesma sorte. Ele seguia para Curitiba em uma carreta cheia de garrafas vazias e morreu carbonizado entre as ferragens. Os dois caminhões ficaram destruídos com as chamas, que chegaram a 30 metros de altura. Algumas garrafas chegaram a derreter com a temperatura.
A equipe de resgate da Caminhos do Paraná, concessionária que administra a rodovia, e os bombeiros chegaram ao trecho rapidamente. Mas o fogo só foi controlado depois de uma hora e meia, quando uma equipe do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, distante aproximadamente 100 quilômetros do local, ajudou no combate ao incêndio.
A estrada ficou interditada até o final da manhã de ontem, sendo liberada após funcionários da concessionária limparem o local. Apesar do longo período de interdição, a fila de automóveis chegou a apenas 1,5 quilômetro.
A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) orientou os motoristas a usarem dois desvios, que aumentavam o caminho entre 40 e 50 quilômetros. Quem vinha de Curitiba em direção a Guarapuava teve de pegar a PR-153 no trevo de Irati e seguir até Imbituva. Para os motoristas que seguiam até a capital, a orientação era pegar a BR-373, em Prudentópolis, e continuar a viagem em direção a Ponta Grossa, chegando a capital por São Luiz do Purunã. "Teve quem quisesse esperar a liberação do trecho para seguir viagem, sem usar os desvios. Por isso ainda houve engarrafamento", disse o chefe de equipe da PRE, sargento Antônio de Paula Goetten.
Segundo o sargento, são comuns acidentes no trecho. "É normal ter batida por aqui, mas sem essa gravidade de chegar a interditar a pista", disse.
De acordo com Souza, o motorista que morreu foi quem invadiu e pista contrária e provocou a batida. A PRE ainda vai investigar quem foi o responsável pelo acidente.
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