Vítimas ainda não foram identificadas
Diego Antonelli e Oswaldo Eustáquio, correspondente
As vítimas ainda não foram identificadas pelas autoridades. Três corpos estão sendo levados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Paranaguá, no Litoral. Os três corpos estão carbonizados: dois são de ocupantes de um dos veículos que se incendiou. O outro é de um caminhoneiro que também se envolveu no acidente.
Segundo a Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), só será possível identificar os corpos levados a Paranaguá mediante a exames de DNA. Uma amostra do material das vítimas será colhida e encaminhada a Curitiba, para o teste.
Os outros quatro cadáveres foram recolhidos pelo IML de Curitiba. Os corpos chegaram a sede do órgão por volta das 18h45 e até o momento nenhum foi identificado.
De acordo com a Sesp, eles poderão ser identificados por parentes ou por documentos que, eventualmente, os familiares apresentem ao IML. Até as 19h50, no entanto, ninguém havia se apresentado ao instituto.
Sete pessoas morreram e sete ficaram feridas em um acidente ocorrido na rodovia BR-376, em Guaratuba, no início da tarde desta quinta-feira (8). A ocorrência foi registrada próximo ao km 674, pouco depois da Curva da Santa, na pista sentido Paraná-Santa Catarina, por volta das 13h10. Anteriormente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a concessionária Autopista Litoral Sul haviam informado que oito pessoas tinham morrido na ocorrência. A pista chegou a ficar totalmente interditada por quatro horas e meia.
Por causa das colisões, alguns veículos se incendiaram e três dos mortos tiveram os corpos carbonizados. O número equivocado de óbitos foi resultado do estado em que se encontravam as vítimas.
A PRF informou que ao menos três caminhões e quatro automóveis se envolveram no acidente. O desastre foi provocado por um caminhão que perdeu o controle na descida da serra, depois que seus freios sofreram superaquecimento.
Alguns veículos chegaram a ser arrastados pelo caminhão e se incendiaram, após a batida. De acordo com a PRF, os carros e caminhões atingidos estavam parados ou trafegavam em baixa velocidade, por conta de duas outras ocorrências sem gravidade, que haviam sido registradas minutos antes na estrada.
Feridos
Sete pessoas ficaram feridas no acidente. Três são funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviços à concessionária Autopista Litoral Sul. Eles estavam às margens da rodovia e prestavam atendimento às outras ocorrências que haviam sido registradas no ponto.
Os três são naturais do Maranhão. Eles foram encaminhados ao Hospital São José, em Joinville (SC), um deles, de helicóptero Águia. No fim da tarde, dois já haviam recebido alta. Um havia sofrido um corte na mão e o outro, arranhões leves. O terceiro funcionário da terceirizada foi submetido a uma tomografia e passaria a noite sob observação. Segundo o setor de enfermagem do hospital, há suspeitas de que ele tenha sofrido uma fratura na coluna cervical.
Segundo a Autopista Litoral Sul, as outras quatro vítimas eram ocupantes de carros ou caminhões envolvidos no acidente. Eles receberam socorro médico ainda na pista e não precisaram ser hospitalizados.
Trânsito
A pista sentido Sul (PR-SC) - onde ocorreu o acidente - ficou interditada por quatro horas e meia. No local, chegou-se a registrar 16 quilômetros de congestionamento, segundo a PRF. A via foi liberada por volta de 17h40, depois que os veículos foram removidos. Ainda há lentidão no trecho.
A pista sentido Norte (SC-PR) também chegou a ser totalmente bloqueada, para facilitar o acesso das equipes de socorro ao local. Às 15h30, duas faixas foram liberadas, mas o tráfego no local fluia lentamente. O ponto chegou a ter dez quilômetros de retenção.
Motorista do caminhão que causou o acidente foi detido
O motorista do caminhão que provocou o acidente foi detido em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Ele foi encaminhado à delegacia de Guaratuba, no Litoral do Paraná, onde prestaria depoimento. O delegado Lúcio Lugli informou que iria arbitrar fiança e, caso o valor seja pago, o caminhoneiro poderia ir para casa. O valor estimado da fiança é de R$ 3 mil.
Segundo o delegado, o condutor do caminhão deve responder pelas sete mortes. "Ele não queria matar ninguém, mas por imperícia e por negligência acabou provocando os óbitos", disse.
Lugli afirmou ainda que o tráfego estava lento no local por conta de dois pequenos acidentes, sem gravidade e sem vítimas, que eram atendidos no local por equipes da concessionária que administra a rodovia. "A estrada estava muito bem sinalizada e ele [o caminhão que provocou o acidente] desceu desembestado, arrastando todo mundo", disse o delegado. A polícia também vai avaliar se o veículo estava em condições de trafegar.
Veja imagens do acidente
Confira no mapa a localização aproximada do acidente
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