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Santa Catarina

Acidente mata sete turistas argentinas

Policial rodoviário concede entrevista no local da tragédia: versões de testemunhas sugerem problemas mecânicos no ônibus | Hermínio Nunes/Agência RBS
Policial rodoviário concede entrevista no local da tragédia: versões de testemunhas sugerem problemas mecânicos no ônibus (Foto: Hermínio Nunes/Agência RBS)
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Florianópolis - Os corpos das sete turistas argentinas que morreram na noite de domingo, vítimas de acidente com um ônibus que seguia pela BR-282 com destino à província (estado) de Misiones, serão transportados a partir de hoje para o país vizinho. Pelo menos 10 das 26 pessoas feridas receberam alta no decorrer da tarde de ontem.

O Instituto Geral de Perícias (IGP-SC) aguarda a chegada das famílias das vítimas para identificação e a liberação dos corpos. Os sete corpos são de mulheres com idade entre 40 e 65 anos. O cônsul da Argentina em Florianópolis, Alberto Coto, passou a madrugada de ontem em visita aos feridos.

O acidente ocorreu por volta das 19h30, no quilômetro 65, em Rancho Queimado. O veículo voltava de Balneário Camboriú e caiu de uma ribanceira de 60 metros de altura. A bordo estavam 35 pessoas, sendo 32 mulheres e três homens, entre eles dois motoristas. As turistas participavam, desde a terça-feira passada, de um encontro internacional da terceira idade em Balneário Camboriú.

As equipes de resgate levaram cinco horas para retirar todas as vítimas, muitas com fratura exposta. O agricultor Hermínio Costa, que mora a poucos metros do local do acidente, contou que conversou com um dos motoristas na primeira hora após o acidente. "Ele disse que o ônibus já estava sem freio motor e quando precisou do freio de pedal não teve como segurar", revelou, acrescentando que os motoristas já haviam comunicado a empresa sobre o problema mecânico.

Julia Ocho Teco, de 56 anos, uma das vítimas com ferimentos leves, contou que o ônibus fazia movimentos de vaivém antes do acidente, resumindo a sequência de perigosas curvas naquele trecho de serra. Segundo ela, o ônibus deixaria passageiros nas cidades de Posadas e Obrido, em Misiones.

Outra versão é a de que o ônibus, sem freio, teria batido na traseira de um caminhão e, sem controle, caiu na ribanceira. No Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, o motorista Daniel Lessa afirmou que estava a 40 km/h no momento do acidente. O IGP recolheu o tacógrafo (dispositivo de controle de velocidade) para incluir no processo de identificação das causas do acidente.

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