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As doenças cerebrovasculares, seguidas pelos homicídios, foram os principais responsáveis pela morte de mulheres negras e pardas com idade fértil em 2005. De acordo com a publicação Saúde Brasil 2007, divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Ministério da Saúde, o risco para o grupo chega a ser duas vezes maior do que para mulheres brancas em casos das doenças cerebrovasculares e até três vezes maior em casos de homicídios.

O estudo aponta que os óbitos diferenciados em relação raça e cor podem estar associados a tendências genéticas, uma vez que as mulheres pretas e pardas sofrem mais de hipertensão. Entretanto, o próprio ministério indica que as causas também podem estar associadas pobreza e dificuldade de acesso aos serviços de saúde.

Mortes provocadas pelo vírus HIV ocupam o segundo lugar no ranking de óbitos entre mulheres negras e pardas com idade entre 10 e 49 anos. O risco, de acordo com a pesquisa, chega a ser 2,6 vezes maior do que entre mulheres brancas.

A Paraíba é o estado brasileiro com o maior risco de óbito por assassinato para negros. O índice chega a ser nove vezes maior em relação população de brancos. Em 2005, as notificações de mortes por homicídio no estado projetaram taxa de 30,2 óbitos para cada 100 mil negros ou pardos enquanto para os brancos o índice foi de 3,3. Em seguida está o estado de Alagoas e o Distrito Federal, onde o risco para esse tipo de morte é quase seis vezes maior para a população parda ou negra.

A base de informações utilizada na publicação foi a do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, que capta os óbitos ocorridos no país dentro ou fora de ambiente hospitalar e com ou sem assistência médica. De acordo com o ministério, a tendência de morte não varia muito em um curto período de tempo e as informações refletem a atual situação da mortalidade no país.

Em 2005 o SIM captou 1.006.827 óbitos em todo o país um coeficiente de 5,5 mortes por mil habitantes. A base populacional utilizada foi a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2005 184.184 074 habitantes, dos quais 50,8% do sexo feminino.

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