Ao que tudo indica, o feriado de Ano-Novo de 2006 terá uma redução considerável no número de acidentes nas rodovias federais no Paraná. A queda deve ficar acima do previsto pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que era de 10%. Desde o dia 30 até as 18 horas do primeiro dia do ano, ontem, a corporação registrou nas BRs do estado queda de 44,3% no número de acidentes, de 53,57% nos feridos e 50% nas mortes os números totais da operação seriam fechados somente à meia-noite. Do dia 30 até as 18 horas de ontem foram 50 acidentes, 39 feridos e uma morte, contra 97 acidentes, 84 feridos e duas mortes da zero hora do dia 30 de dezembro de 2005 à meia-noite do do dia 1.° de 2006.
Segundo a inspetora Diucléia Tartaia, coordenadora de comunicação da PRF, a redução se deve à conscientização dos motoristas e ao aumento no efetivo da corporação no período. Para a operação de ano-novo, trabalharam 160 policiais por dia, 77% a mais do que o efetivo utilizado normalmente.
A única morte registrada em estradas federais do Paraná no feriado foi sábado, quando Antônio Clóvis Marczak, 38 anos, faleceu ao ser atropelado por um caminhão na BR-376.
No retorno, ontem, o pico nas rodovias paranaenses foi no fim da tarde. Por volta das 18 h, aproximadamente 3 mil veículos retornavam por hora de Santa Catarina pela BR-376. Na BR-277, no retorno do litoral do Paraná, 2,7 mil veículos passavam na praça de pedágio da Ecovia por hora.
Nas rodovias estaduais, a Polícia Rodoviária Estadual registrou 155 acidentes, 109 feridos e duas mortes de sexta-feira até as 18h de ontem. Mesmo com um dia a mais de operação, os números também apresentaram queda. De 30 de dezembro de 2005 a 1.° de janeiro de 2006, foram registradas nas estradas estaduais 181 acidentes, 188 feridos e 10 mortes. A queda até as 18 h de ontem foi de 14,3% nos acidentes, 42% nos feridos e 80% nas mortes.
Protesto
No fim da tarde de ontem, moradores de Borda do Campo, distrito de São José dos Pinhais, fecharam por 40 minutos a BR-277 sentido Curitiba, em protesto pela falta de passarela no quilômetro 70 da rodovia, próximo à fábrica da Renault. O protesto gerou engarrafamento de seis quilômetros.
Segundo um dos líderes do protesto, João Pietrowisky, para atravessar a rodovia os moradores têm que andar um quilômetro até a passarela mais próxima. "Em 2006, três pessoas morreram ao atravessar a estrada", afirma Pietrowisky.
Se a Ecovia não apresentar uma proposta de construção de passarela, os moradores prometem bloquear a pista novamente no carnaval. A Ecovia afirma que nenhum pedido de passarela foi entregue e que se isso for feito a empresa está aberta ao debate.
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