Parte da tinta que o caminhão levava atingiu o Rio Arujá, afluente do Rio Miringuava, que faz parte do manancial de abastecimento da região metropolitana de Curitiba| Foto: Aniele NAscimento / Gazeta do Povo

Derramamento de tinta sobre rio não prejudica abastecimento de água, segundo Sanepar

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) divulgou uma nota na manhã desta quarta-feira (29), informando que o abastecimento público de água não foi comprometido pelo acidente ocorrido no quilômetro 617 da BR-376, em São José dos Pinhais.

A Sanepar confirma que parte da carga foi derramada na pista e atingiu o Rio Arujá, afluente do Rio Miringuava, mas explica que, como o acidente ocorreu depois do ponto de captação de água no Miringuava, não acarretou problemas para o sistema de tratamento e distribuição.

O Sistema Miringuava, inaugurado no ano passado, faz parte de um conjunto de obras que garante o abastecimento da Grande Curitiba pelas próximas duas décadas para os bairros da região Sul de Curitiba, além de São José dos Pinhais, Araucária e Fazenda Rio Grande. São 105 quilômetros de rede, uma estação de tratamento, sete reservatórios e onze estações elevatórias que, segundo a companhia, garante mais de 40 milhões de litros de água tratada para 800 mil pessoas.

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Dois acidentes de trânsito na região metropolitana de Curitiba deixaram duas pessoas mortas no início da manhã desta quarta-feira (29) e complicam o trânsito nas rodovias BR-376, em São José dos Pinhais, e BR-476, no município da Lapa.

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Em São José dos Pinhais, um caminhão de Santa Catarina que transportava tinta bateu em uma mureta, no km 617 da BR-376, pegou fogo e derramou parte da carga na pista, por volta das 5 horas desta quarta. O veículo vinha do estado catarinense trafegando no sentido São Paulo e tentava pegar uma alça de acesso à BR-116 quando colidiu com a estrutura. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista do caminhão morreu carbonizado.

Parte da tinta que o caminhão levava atingiu o Rio Arujá, afluente do Rio Miringuava, que faz parte do manancial de abastecimento da região metropolitana de Curitiba, segundo a PRF. Técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) afirmaram, no entanto, que não há risco de contaminação, já que a quantidade que escorreu para o canal é muito pequena. Por volta das 10 horas, policiais rodoviários, e equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil ainda estavam no local para conter as chamas.

De acordo com a PRF, a pista sentido Santa Catarina-Paraná estava fechada, sem previsão de liberação, e registrava filas de quatro quilômetros de congestionamento. O tráfego era desviado pela alça de acesso à BR-116, que também registrava lentidão.

Lapa

Já no km 212 da BR-476, na Lapa, um ônibus de turismo e um caminhão bateram de frente, por volta das 5h15. Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o motorista do caminhão, Assis José Giordan, de 62 anos, morreu na hora. O condutor do coletivo ficou preso nas ferragens e só foi resgatado por volta das 8h30. Oito passageiros do ônibus sofreram ferimentos considerados leves e foram encaminhados ao Hospital Hipólito e Amélia Alves de Araújo, no mesmo município.

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O ônibus, da empresa Reunidas, vinha do município de Santa Rosa (RS) com destino a Curitiba, enquanto o caminhão viajava de São José dos Pinhais a Erechim (RS). A carreta transportava ração animal, mas não chegou a haver derramamento de carga. Segundo o sargento Douglas Pimentel, do posto da PRE da Lapa, ainda não é possível saber as causas do acidente. "Como a colisão foi frontal, certamente um dos dois invadiu a pista contrária, mas sem a conclusão da perícia não dá para saber qual foi", diz.

O trecho, que é de pista simples ficou três horas completamente fechado e formou filas de cerca de cinco quilômetros em cada um dos lados. Por volta das 8h30, uma das pistas foi liberada e o trânsito passou a fluir alternadamente em cada um dos sentidos. Apesar da lentidão, as filas haviam se reduzido para menos de um quilômetro por volta das 10 horas, segundo a PRE.