No Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta quinta-feira (29), atividades de prevenção e de cuidados à saúde voltados aos usuários do tabaco estão programadas para acontecer durante o dia na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. As ações ocorrem entre as 9h e as 16h e são organizadas pela prefeitura com apoio do governo estadual.
Os fumantes poderão medir a capacidade pulmonar por meio de um aparelho que funciona como um bafômetro. Mesmo quem é apenas fumante passivo (não fuma, mas convive com fumantes) poderá verificar se têm os pulmões comprometidos.
Quem estiver interessado em parar de fumar poderá consultar locais onde buscar tratamento. A prefeitura tem 53 unidades e outros três espaços parceiros que possuem o programa de controle do tabagismo que funciona como grupos de apoio, com orientações em grupo, e que pode fornecer medicamentos gratuitos para aqueles que necessitam de ajuda para cortar o vício.Durante o dia também haverá batalhas de rap e oficinas de grafite com a temática do cigarro. Essas ações devem ocorrer por volta das 10h e das 14h na quinta. As outras acontecem durante todo o dia.
Cortina de fumaça
Curitiba não tem muitos motivos para comemorar. A cidade foi apontada como a segunda capital brasileira com mais adultos fumantes (20,2%), segundo levantamento de 2011 do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. Em primeiro lugar ficou Porto Alegre (RS). A mesma pesquisa indica que 12% dos curitibanos são considerados fumantes passivos.
A capital também foi enquadrada como a segunda com mais jovens entre 13 e 15 anos que já experimentaram cigarro (32%), de acordo com Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2012, divulgada no último mês de junho pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Campo Grande (MS) liderou a lista.
Além disso, dados da Secretaria Municipal da Saúde estima que o câncer de pulmão é a neoplasia que mais mata em Curitiba. O consumo de derivados do tabaco está diretamente ligado a 90% dos 280 registrados na capital em 2011.