Curitiba O ataque ousado a um trem com dois ministros no Rio de Janeiro é sinal de que a ocupação militarizada de favelas talvez não seja a melhor forma de combater o crime organizado. A análise é do sociólogo Pedro Bodê, coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Qual o significado de uma agressão como essa a autoridades? Se eles tinham consciência da presença de autoridades do primeiro escalão, a mensagem que eles estão dando é de não terem medo de nada, nem do Estado. Atirar por perceber a presença de fotógrafos e da imprensa é uma forma de querer aparecer e mostrar o seu domínio. Mas, de qualquer forma, mesmo que eles não soubessem da presença dos ministros, já é um fato terrível, que acontece com uma certa freqüência à população em geral no Rio.
Essa postura pode estar relacionada com as últimas ações da Força Nacional de Segurança na cidade?Sim. É bom lembrar que isso ocorre exatamente no momento em que o Estado está com uma ação militarizada há meses nas favelas do Rio. É o momento de pensarmos se esse é o caminho para combater a violência. Eu acho que não. Os militares até entram nessas aglomerações, mas não conseguem desmontar o crime organizado.
Qual seria o caminho?Trocar a ocupação militar pela inclusão social. Além, é claro, de utilizar a inteligência policial. O sistema de responder à violência com força, com tiros, não resolve o problema e acaba atingindo inocentes, como nós atestamos várias vezes.
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