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Por volta das 19h30 desta terça-feira (2), os guardas municipais aceitaram a nova proposta apresentada pela Prefeitura, colocando fim à greve que a categoria mantinha desde o dia 22 de fevereiro. Segundo a oferta apresentada na tarde desta terça pelo secretário de Recursos Humanos, Paulo Schmidt, o piso-salarial dos guardas vai passar de R$ 710 para R$ 850, o que corresponde a um aumento de 19,7%. Com o acordo, 100% do efetivo da Guarda Municipal devem retornar aos trabalhos na quarta-feira (3).

Apesar de voltarem à ativa, os guardas vão se manter em estado de greve. Isso porque os 179 servidores que integram "quadro especial" (aqueles que não possuem Ensino Médio) não foram contemplados pelo aumento. Além disso, outros itens que constam da pauta de reivindicações da categoria ainda não foram definidos. "Vamos seguir negociando, principalmente porque entendemos que quem construiu a segurança em Curitiba nos ultimo 30 anos – o ‘quadro especial’ – não pode ficar de fora dos benefícios", disse a secretária de assuntos jurídicos do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues.

Em 90 dias, deve ser elaborado um cronograma de debate para a melhoria do plano de carreira da categoria. Os dias não trabalhados durante a paralisação não serão descontados em folha de pagamento, mas serão compensados pelos guardas. Haverá um planejamento para que a quitação das horas seja feita.

Assaltos

A greve dos guardas municipais durou nove dias. Nesse período, houve reflexos diretos na segurança da cidade. Nesta terça, o Armazém da Família do bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC) foi assaltado. Quatro pessoas armadas com pistolas invadiram o local e renderam o vigilante, funcionários e clientes. Eles fugindo roubando R$ 12,5 mil, além do revólver e do colete à prova de balas do vigia.

Na noite de domingo (28), bandidos assaltaram a sede administrativa do Zoológico de Curitiba, cuja segurança normalmente é feita por guardas municipais. Foram levados eletrodomésticos, como geladeira e freezer (repletos de carne para alimentar os animais) e um forno microondas, além de computadores, bombas de limpeza, material de escritório, equipamentos de oficina e todo o estoque de rações. O prejuízo está estimado entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. Nenhum responsável pelo crime foi preso.

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