Brasília (Folhapress) A cúpula da CPI dos Correios fechou ontem um acordo para não prorrogar os trabalhos da comissão. Uma reunião, marcada para hoje, às 10 horas, deve selar o entendimento e confirmar que a CPI encerra seus trabalhos no dia 15 de abril.
O presidente da CPI, Delcídio Amaral (PT-MS), fez o apelo para que os integrantes da comissão não prorrogassem os trabalhos sob o argumento de que a proximidade das eleições poderia comprometer as investigações feitas pela comissão.
Os integrantes da CPI, representantes de cada uma das bancadas que participam das investigações, deveriam se manifestar. O deputado Maurício Rands (PT-PE) afirmou que parte da bancada considerava a possibilidade de apoiar a prorrogação.
No entendimento desses petistas, o prejuízo para o partido já está contabilizado e a CPI dos Correios seria usada para contra-atacar possíveis ações políticas feitas pelos integrantes da CPI dos Bingos, que será prorrogada por mais 60 dias. Prevaleceu a tese de que seria melhor concluir a comissão no prazo.
O sub-relator de fundos de pensão, Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), disse que "acata, mas discorda" do acordo.
Outros oposicionistas, porém, concordaram na reunião com a conclusão dos trabalhos no dia 15 de abril, sem prorrogação. "A CPI precisa ter início, meio e fim", afirmou o pefelista Onyx Lorenzoni (RS), numa indicação de que concorda com o acerto.
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) relatou que há receio de que a comissão possa repetir o fracasso da CPI do Banestado, que terminou sem votar relatório final. Além disso, afirmou que o relatório final, do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), "já está todo alinhavado". Não haveria condições, portanto, para mudanças.
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