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Nova praça de pedágio depende de negociação sobre reserva indígena
Ao que tudo indica o pedágio de Palhoça não terá novo endereço tão cedo. Isso porque o local escolhido para abrigar a nova praça depende de uma negociação em torno de uma reserva indígena. O antigo posto, que estava instalado em meio à área urbana do município catarinense, está interditado por decisão da ANTT desde o último dia 22 de junho.
Assim como o contorno da Grande Florianópolis, a obra de instalação da nova praça de pedágio, que ficará no Km 243 no limite do município de Paulo Lopes, também depende de uma licença ambiental. A liberação depende da análise da Funai sobre um relatório antrópico da região. A operação da praça de Palhoça foi suspensa pela prazo de um ano ou até a construção na nova praça de pedágio.
Nada a declarar
O relatório com o novo cronograma de obras foi entregue pela Autopista Litoral Sul há, pelo menos, um mês. Mas a concessionária e a ANTT optaram por não se pronunciar sobre o seu conteúdo. A tarefa coube à bancada catarinense do Congresso, mas nem todas as informações foram repassadas aos congressistas pelos órgãos envolvidos. O porcentual de redução da tarifa em caso de descumprimento do novo cronograma de obras, por exemplo, não foi informado. Sem essa informação, o usuário acaba não sabendo como a medida afetará seu bolso.
A Autopista Litoral Sul, concessionária que administra os trechos das BRs 376 e 101 entre Curitiba a Santa Catarina, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no qual se compromete a realizar até 2017 todos os investimentos pendentes, incluindo o contorno da capital catarinense. O acordo conta também com uma cláusula que prevê punições a cada três meses. Nessa situação, caso o cronograma de obras seja descumprido, o valor do pedágio será reduzido.
O plano foi apresentado anteontem pela a ANTT à bancada catarinense, encabeçada pelo deputado federal Esperidião Amin (PP-SC). Segundo o deputado, o TAC é uma mudança de postura da ANTT em relação às cobranças para o cumprimento do contrato.
No final de maio, um relatório da ANTT mostrou que a Autopista Litoral Sul havia realizado apenas 20% dos investimentos previstos em contrato, deixando de entregar obras que somam mais de R$ 600 milhões. À época, o ministro do Transporte Cesár Augusto Rabello Borges reagiu ameaçando romper o acordo.
A principal obra pendente é o contorno viário da Grande Florianópolis, orçado em R$ 400 milhões, cuja entrega estava prevista para fevereiro de 2012. No plano, a concessionária informa que realizou a coleta de fauna e da flora do novo traçado e que deverá iniciar os trabalhos em fevereiro de 2014. A partir daí seriam mais três anos para conclusão da intervenção, que deve exigir o desvio do trânsito de 18 mil veículos pesados por dia.
Já as demais obras, que incluem a construção de 16 viadutos, 79,7km de ruas laterais e 30 trevos, além da melhoria em 18 acessos à BR-101, têm prazos distintos de execução, mas deverão ser concluídas antes do contorno viário da capital catarinense.
Em entrevista ao jornal Diário Catarinense, Jorge Bastos, diretor da ANTT, disse que o extremo do TAC prevê o cancelamento do contrato de concessão em caso de novos descumprimentos de prazos, mas que a ideia não é romper o acordo e sim cobrar pelas execuções das obras.
A Autopista Litoral Sul já foi multada 43 vezes pela ANTT, em valores que totalizam R$ 23 milhões e não foram pagos, e também pelo Procon de Santa Catarina em multa que soma R$ 1,2 milhão. Além disso, o Ministério Público Federal cobra, na Justiça, que as obras sejam feitas ou que a tarifa do pedágio seja reduzida.
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