Mão do governo
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O governo e o setor hoteleiro fecharam ontem um acordo para diminuir em até 60% o custo da hospedagem de delegações estrangeiras que virão ao Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro.
Pelo acordo, fechado com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih) e a Terramar, operadora de turismo contratada pelo Ministério das Relações Exteriores para intermediar os contratos com delegações estrangeiras, os preços das diárias para o período da conferência serão reduzidos entre 25% e 35%.
Além da queda no preço, a negociação inclui o fim da exigência de hospedagem mínima de sete dias, o que representará uma queda até 60% nos custos para as delegações que haviam reservado pacotes e agora poderão pagar apenas pelos dias em que efetivamente desejam ficar na cidade.
"O desconto mínimo será de 25% no custo da hospedagem para os participantes da conferência. E para aqueles que eventualmente tenham adquirido pacotes e que agora desejam reduzir sua permanência e informar que ficarão apenas alguns dias, isso impactará em até 60% nos custos que eles haviam assumido", explicou o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino.
As medidas têm efeito retroativo, ou seja, as delegações que já haviam contratado a hospedagem receberão os valores pagos que ultrapassem a nova tabela de preços negociada pelo governo. A devolução, segundo Dino, começará a ser feita na próxima segunda-feira.
O acordo vale para os cerca de cem hotéis contratados pelo Itamaraty para receber participantes estrangeiros e chefes de Estado, mas o governo espera que a redução provoque um "efeito dominó" e os preços sejam diminuídos em toda a rede hoteleira do Rio de Janeiro.
O governo decidiu se mobilizar para conter abusos no preço da hospedagem durante a Rio+20 depois que o Parlamento Europeu desistiu de enviar uma delegação de eurodeputados para a conferência por causa dos preços. No mesmo dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, também informou que a Casa não pagaria diárias para os deputados durante a conferência por causa dos valores elevados.
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