• Carregando...

Gilberto Kassab é um político sob intensa pressão, avaliam pefelistas que o conhecem há muito tempo. Para eles, esse dado ajuda a explicar o súbito descontrole do prefeito paulistano, que na semana passada expulsou de um posto de saúde, aos gritos, um homem que protestava contra a administração municipal. De um lado, há a percepção de que a prefeitura se tornou uma extensão do governo estadual. "Ele não ouve mais ninguém além do grupo do Serra", diz uma liderança do PFL nacional. Ainda que Kassab aceite de bom grado a influência do antecessor, ela lhe causa inegável constrangimento de imagem. De outro lado, torna-se cada vez mais evidente que, por maior que seja a lealdade do prefeito, ele não conseguirá impedir a eventual candidatura de Geraldo Alckmin em 2008.

Barbárie – O caso do menino preso ao carro da mãe e arrastado para a morte depois que bandidos arrancaram com o veículo roubado motivou uma conversa telefônica, na sexta-feira, entre Sérgio Cabral (PMDB) e José Serra (PSDB). O governador do Rio disse que defenderá a descentralização, como nos EUA, da legislação penal. O de São Paulo respondeu que apoiará a proposta.

Quadrinhos – Dilma Rousseff, que nos tempos de clandestinidade foi Estela, ganhou de colegas de ministério um novo codinome: Mônica. Todo início de reunião ela distribui, como a personagem de Maurício de Souza, meia dúzia de coelhadas. Só para a turma saber quem manda. Pessoal – A ala do PMDB que quer instalar Nelson Jobim no comando do partido trabalha para reavivar a histórica antipatia de Lula por Michel Temer, candidato a permanecer no posto. No primeiro mandato, quando Temer liderava os peemedebistas de oposição, Lula descrevia assim o tratamento que o deputado lhe dispensava: "Parece que eu sou o porteiro, e ele, o dono da cobertura". Siameses – Não bastasse o esforço para remover Temer, Renan Calheiros se preocupa com a ingovernabilidade em Alagoas. Sócio majoritário da vitória de Teo Vilela, o presidente do Senado avalia que seu futuro político depende, em boa medida, do desempenho do tucano no governo.

Na mira – O calouro Cândido Vaccarezza (PT-SP), que ganhou notoriedade na campanha de Arlindo Chinaglia, foi aconselhado por amigos a submergir. Seu estilo "deixa que eu chuto" despertou ciúmes na bancada e a ira de gente que pode lhe atrapalhar a vida, como Renan Calheiros. Veja bem 1 – O discurso do distanciamento institucional em relação à campanha pela anistia de José Dirceu não vingou apenas no PT. Os comandos da UNE e da CUT agora juram de pés juntos que não vão coletar assinaturas para o deputado cassado. Veja bem 2 – Dirigentes dessas entidades ressalvam, porém, que seus militantes estão liberados para, individualmente, abraçar a causa de Dirceu. "A CUT não vai fazer campanha pela anistia, mas eu vou", afirma João Felício, secretário de Relações Institucionais da central sindical. Fugaz – A aliança entre representantes do Campo Majoritário, do centro petista e da Democracia Socialista não chegará à composição das chapas para a nova direção do partido. "Não tenho vocação para fazer chapa com a DS", diz um governador signatário do texto de Tarso Genro. Chimarrão – O bombardeado texto de Tarso conseguiu ao menos um feito: unir as lideranças do PT gaúcho. Assinam o documento Olívio Dutra, Miguel Rossetto, Henrique Fontana e Raul Pont, que historicamente disputam o comando da sigla no estado. Espetáculo – Desde outubro, a base de Jaques Wagner (PT) cresceu de 29 para 37 deputados. A Assembléia baiana conta com 63 parlamentares.

TIROTEIO

Da ex-prefeita paulistana Marta Suplicy sobre colegas de partido que criticam a política econômica do governo Lula e pedem a cabeça do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles:

– Muitos petistas batem na política econômica para fazer marola. Jogam para a platéia atrás de espaço político.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]