Uma contadora acusada de lesar o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em aproximadamente R$ 6,6 milhões foi presa pela Polícia Federal (PF) na madrugada de anteontem, em Curitiba, durante a Operação Mandrake. Outro contador, sócio dela nas supostas fraudes, teve mandado de prisão expedido pela 3.ª Vara Federal Criminal, mas está foragido. O nome dos dois foi mantido em segredo pela PF e Justiça Federal.
A ação foi deflagrada após quatro meses de investigação de uma força-tarefa formada por auditores da previdência social, procuradores do Ministério Público Federal e policiais federais. Dezoito mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela polícia. O INSS acredita que a quadrilha comandada pelos contadores possa ter fraudado mais de 2 mil benefícios desde 1996. A contadora está presa na sede da Superintendência Regional da PF, em Curitiba.
A fraude consistia na falsificação de documentos para obter aposentadorias do INSS. Segundo a delegada Priscila Fanini, do departamento de comunicação social da PF, a quadrilha usava registros de empresas inativas para criar vínculos empregatícios fictícios, a partir da adulteração de documentos como carteira de trabalho, relação de salário de contribuição e livro de registro de empregados.
"Essas pessoas tinham acesso aos registros contábeis das empresas que não existiam e ficavam contratando e demitindo pessoas para depois conseguir benefícios previdenciários", explica. O nome da operação faz alusão ao uso de documentos "frios". Os beneficiários contratavam os "serviços" da quadrilha para conseguir se aposentar em troca de pagamentos em dinheiro. A força-tarefa apurou que os contadores usaram o mesmo artifício para obter beneficio para eles mesmos, além de parentes.
De acordo com Priscila, a investigação teve início em junho, depois que um pedido de benefício levantou suspeita dos auditores do INSS. "Em seguida chegou-se ao nome da contadora, que já foi condenada há um ano e oito meses de prisão, em 1999, num processo penal pela prática de fraude previdenciária", explica. A acusada recorria da condenação em primeira instância em liberdade.
Vários documentos e computadores foram apreendidos entre quinta-feira e ontem, e passarão por perícia. Segundo a delegada, a PF apura ainda a participação de mais gente na quadrilha. Os acusados foram inclusos em sete artigos do Código Penal Brasileiro e podem responder processo por estelionato, formação de quadrilha, falsificação de documento público e particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e inserção de dados falsos em sistema de informações.
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