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Maringá – O animador de loja Natanael Búfalo, 41 anos, chorou e pediu perdão ontem ao ser apresentado pela Polícia Civil oficialmente como acusado de assassinar uma menina de 10 anos no último dia 20, em Maringá, no Noroeste do Paraná. "Eu sou mais que monstro", declarou, durante a apresentação na delegacia da 9.ª Subdivisão de Polícia Civil. "Deveria ficar preso até o fim da vida ou morrer."

O acusado respondeu calmamente sobre como violentou e matou Márcia Constantino, e chegou a chorar ao ser questionado o que falaria para os pastores da Igreja Assembléia de Deus que confiaram nele.

Búfalo, que respondia a maior parte das perguntas de cabeça baixa, olhou para o pastor Róbson Brito, pediu perdão com voz trêmula por ter traído a confiança da igreja e chorou. Ele também esboçou emoção quando foi perguntado sobre o que o pai pensaria do filho ter cometido tal crime.

O assassinato chocou os maringaenses pela forma bárbara como ocorreu. A menina foi raptada no pátio da igreja, estuprada mais de uma vez, morta asfixiada com uma sacola plástica, teve ossos do corpo quebrados, foi violentada de novo depois de morta e teve o corpo parcialmente queimado e abandonado na zona rural de Maringá.

Para o delegado-chefe Antônio Brandão Neto, Búfalo não é desequilibrado, sabia o que estava fazendo e teria premeditado o crime. Brandão informou que a situação do acusado piorou ontem, pois o resultado do exame de DNA feito pelo Instituto de Criminalística de Curitiba apontou que havia esperma de Búfalo no corpo da menina.

Os pais

Ontem de manhã, os pais da vítima, Marcos Constantino e Neilir do Prado Constantino, falaram pela primeira vez sobre o crime. Apesar de demonstrarem que não querem encontrar com o acusado, eles indicaram que podem perdoá-lo conforme seus direcionamentos religiosos. "Quem sou eu para não perdoar? Mas perdão não se conquista da noite para o dia", disse Marcos. Os pais cobraram uma revisão nas leis, pois a filha não teria morrido se Búfalo estivesse preso e não solto após cumprir cinco dos 12 anos de prisão aos quais foi condenado em 2001 por um caso de estupro. Agora, o acusado deve responder por seqüestro, estupro, homicídio e ocultação de cadáver com a pena – em caso de condenação – variando entre 25 e 57 anos.

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