Um dos acusados de ter assassinado, em julho, o professor Antonio Carlos de Paula, de 49 anos, confessou o crime nesta sexta-feira (5), segundo a polícia. Jorge Luiz Gomes, de 49 anos, estava preso desde o dia 10 de julho, mas negava envolvimento. "Ele disse que está arrependido e que não suportava ficar com a culpa na consciência", disse o delegado Jaime da Luz, da Delegacia de Homicídios (DH), responsável pelo caso.

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O depoimento de Gomes foi tomado na DH e filmado pela polícia. O acusado disse que consumia crack em casa, no bairro Parolin, com um grupo de pessoas, entre as quais, o professor. Em determinado momento, Antonio Carlos de Paula teria assediado uma das mulheres, provocando um desentendimento. "As agressões teriam começado depois que o professor mexeu com essa moça. Como estavam sob efeito de entorpecentes, acabaram assassinando a vítima", apontou o delegado.

O professor foi espancado e chegou a ser esfaqueado, antes de ser levado em um carro vermelho até a Rua Alcino Guanabara, no Hauer. Antonio Carlos foi retirado do veículo por dois homens, que atearam fogo no corpo dele. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A moto - uma XR300 - e pertences do professor foram encontrados na casa de Gomes. Ele deve ser autuado por homicídio qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos, segundo o delegado.

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O sobrinho do acusado, Sidnei Gomes, de 23 anos, foi preso no dia 28 de julho, apontado como um dos autores do crime. Segundo o delegado, um outro suspeito já foi identificado pela polícia e deve ser preso.

A polícia, no entanto, descartou a participação no crime de Bernadete de Souza, de 33 anos. Ela foi detida no dia 10 de julho, juntamente com Gomes. Apesar de não responder pelo homicídio, a mulher deve continuar presa, porque foi flagrada com drogas e autuada por tráfico.