Uma pessoa foi presa nesta quarta-feira (23) em Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, acusada de liderar um esquema de fraude dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O homem agia como procurador e intermediário de benefícios nas agências do INSS de Curitiba e região metropolitana.
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), que, além do mandado de prisão, cumpriu sete mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos que podem comprovar que houve fraude, segundo a PF.
O homem utilizava documentos falsos com nomes e dados fictícios - para tentar liberar benefícios. A identidade do preso não foi revelada pelas autoridades.
Informações falsas com relação ao endereço e renda dos supostos beneficiários eram prestadas ao INSS. Para que não houvesse a necessidade de comprovar o endereço, as pessoas "criadas" eram declaradas como ciganas. Por isso a operação foi batizada como "Zíngara", que quer dizer "cigano" em italiano.
De acordo com a Polícia Federal, o benefício de amparo ao idoso era um dos preferidos para a fraude, pois era mais fácil encaixar as identidades fictícias nas características do referido auxílio. Esse benefício é concedido aos idosos com mais de 65 anos e que não têm condições de assegurar sua sobrevivência. O valor mensal do auxílio é de um salário mínimo.
A Justiça Federal bloqueou 14 benefícios com indícios de fraude. Os valores totais que foram fraudados serão conhecidos somente ao fim das investigações, informou a PF.
De acordo com a polícia, outras pessoas que estariam envolvidas no esquema já foram identificadas e serão ouvidas pelas autoridades. Por enquanto, não existe mandado de prisão contra elas. O órgão destacou que as investigações não apontaram a participação de servidores do INSS.
A assessoria de imprensa do INSS afirmou que as informações sobre a fraude são sigilosas e que não poderia comentar o caso.
O homem preso foi levado para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanece detido. A pena para os crimes de estelionato e formação de quadrilha varia entre 1 e 5 anos de prisão.
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