O fazendeiro Regivaldo Galvão, o "Taradão", acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, em Anapu, no sudoeste do Pará, formalizou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) uma proposta de troca de uma área de 2,5 mil hectares floresta, que ele diz ser de sua propriedade, por 500 hectares de pasto de parte do lote 55 da Gleba Bacajá, onde a freira foi morta. O lote 55, segundo o coordenador do Incra na região, Ulaí Batista Nogueira, pertence à União e não pode ser negociado porque está sob litígio judicial.
O procurador da República, Felício Pontes Júnior, anunciou que pedirá à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar o caso, afirmando ser ilegal a negociação de terra pública. "Quem faz isso tem que ir para a cadeia", disse o procurador. A proposta de Galvão foi feita no dia 28 de outubro, durante reunião na sede do Incra de Altamira.
Galvão, o único dos cinco acusados que até agora não foi julgado sempre alegou não ter motivo para mandar matar Dorothy em razão de não ter qualquer interesse pela área que agora pretende negociar. O fazendeiro chegou a declarar que uma parte desse lote havia vendido para Vitalmiro de Bastos Moura, condenado na primeira vez, mas absolvido no segundo julgamento como acusado do crime.
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