O pintor de paredes Lucas Moraes Araújo, 28 anos, foi preso na noite de terça-feira (11), na orla do bairro do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ), após uma abordagem feita por uma dupla de policiais civis. No Paraná, Araújo é acusado de ter matado, esquartejado e guardado o corpo da própria mulher, a auxiliar de produção Cristiane Silva, em uma mala e a abandonado dentro da casa onde o casal vivia com a filha de 5 anos. O crime ocorreu no dia 14 de outubro do ano passado, em Joaquim Távora, no Norte Pioneiro.
De acordo com o inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro Thiago Alexandre da Silva, Lucas Araújo foi flagrado em "atitude suspeita" no bairro. "Naquele horário e naquela região há muitos registros de roubos a turistas e pequenos furtos. Então decidimos abordá-lo", explica o policial.
Na abordagem, os policiais descobriram que o pintor não portava documentos. Ele então foi levado ao 14º Distrito Policial do Leblon onde deu dados pessoais falsos. No entanto, o inspetor resolveu fazer uma busca detalhada no sistema e cruzou os dados com o arquivo da polícia e descobriu o número do CPF de Araújo. A partir daí não foi difícil descobrir que ele tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça de Joaquim Távora.
Confissão
Segundo o inspetor, o acusado confirmou ter matado a mulher. O motivo seria o fato de ele ter flagrado um homem saindo da sua casa, quando chegava do trabalho. "Ele disse que achava que a mulher o estava traindo e por isso a matou com requintes de crueldades", detalha o investigador.
O pintor descartou que a sua mulher fora morta em um ritual de magia negra, possibilidade que a Polícia Civil do Paraná chegou a investigar.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro quer descobrir se Araújo cometeu crimes naquele estado, já que quando foi preso ele não aparentava estar vivendo nas ruas. A polícia acredita que ele estava hospedado em um pensionato ou vivendo em uma favela.
Como não cometeu crimes naquele estado, o pintor só pode ser ouvido oficialmente por uma autoridade policial do Paraná ou pela Justiça. Ele continua detido no 14º DP até que a sua transferência a Joaquim Távora seja autorizada.
Polícia do Paraná
O titular da Delegacia de Polícia Civil em Joaquim Távora informou nesta quarta-feira que não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre a prisão de Lucas Araújo e que estava tentando contato com a Polícia do Rio de Janeiro.