Casos de violência contra crianças no Paraná
Vários casos de violência contra crianças foram registrados das últimas semanas no Paraná.
Na madrugada do dia 5 de novembro o corpo da menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba, com sinais de estrangulamento e violência sexual.
Rachel estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, onde estudava. A menina ia e voltava para escola sozinha de ônibus. Um homem suspeito de ser o autor do crime foi preso no domingo (9), mas exames de DNA descartaram a participação.
Em Querência do Norte, na região Noroeste do Paraná, uma menina de três anos foi morta a facadas na noite de domingo (9). O corpo de Pâmela Diele Pedra dos Santos foi encontrado a cerca de 500 metros de sua residência.
Na segunda-feira, a Polícia Militar (PM) prendeu um homem que confessou ter assassinado a criança. Manoel Aparecido Tenório de Miranda, de 20 anos, foi preso na periferia da cidade. Ele teria cometido o crime por vingança, pois a mãe da criança se recusava a namorar com ele.
Na cidade de Castro, região dos Campos Gerais, Alessandra Subtil Betim, de oito anos, estava desaparecida desde a tarde de domingo (9), quando saiu de casa para ir até uma padaria e não voltou. Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio, na Rua EC-1, no bairro Cantagalo 2, a cerca de duas quadras de sua casa.
Exame do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a morte foi causada por traumatismo craniano e que a menina sofreu abuso sexual.
Outra vítima da violência é uma menina de dois anos que teve o corpo parcialmente queimado com álcool. O caso aconteceu em Catanduvas, no Oeste do estado, na quarta-feira (5). A criança está internada no Hospital Evangélico em Curitiba e o estado de saúde é estável. Edeleu da Silva, 48 anos, suspeito do crime foi preso em flagrante. A polícia ainda aguarda o resultado de exame do Instituto Médico Legal (IML) que vai apontar se a menina sofreu violência sexual.
O homem acusado de matar uma menina de 9 anos na noite de sábado (15), na Vila Esperança (bairro Atuba), em Curitiba, era conhecido da família e moradores da região. O andarilho de 45 anos, Mariano Torres Ramos Martins, vivia no bairro e costumava receber comida da família de Lavínia Rabech da Rosa. Ele foi flagrado pela mãe da criança, Maura da Rosa, escondido embaixo da cama onde estava o corpo da menina.
De acordo com o padrasto de Lavínia, Mario Luiz de Castro, o crime foi cometido pouco antes da meia-noite de sábado. A família da menina vive em uma região carente da capital. Lavínia dormia na cama ao lado da irmã de 5 anos. Segundo o padrasto, a mãe das meninas, que é catadora de papel, aproveitou o momento em que elas dormiam e saiu para telefonar. Castro estava na sala e não ouviu qualquer movimentação no quarto.
Quando Maura voltou e foi deitar ao lado das filhas, percebeu que tinha alguém embaixo da cama e pediu socorro. O homem tentou fugir pela janela, mas foi detido e agredido por vizinhos, por conta da invasão. A polícia foi chamada ao local para socorrê-lo. Até então, ninguém havia percebido que a menina havia sido agredida. Só quando a mãe voltou novamente para o quarto, e foi deitar, percebeu que a cama estava molhada e filha estava machucada, não respondia. Lavínia foi levada para o posto de saúde, mas já estava morta.
Martins chegou a ser internado no Hospital Cajuru, mas já foi liberado e está detido em flagrante por homicídio. De acordo com o delegado Rogério Martim de Castro, ele já esteve preso três vezes (por roubo e porte de arma) e é foragido da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara. Os vizinhos dizem que sabiam que ele era ex-presidiário, mas não imaginavam que se tratava de um fugitivo.
Parentes da menina relatam que a própria Lavínia costumava entregar comida ao andarilho, mas que ele nunca havia entrado na casa. A menina tinha marcas de estrangulamento e cortes na nuca. Ainda não há confirmação se houve violência sexual. A irmã mais nova nada sofreu.
O acusado nega ter matado a menina. Em depoimento à polícia, ele alegou que Lavínia estava brincando na rua e se machucou. Martins diz que entrou na casa para socorrer a menina, mas se recusa a dizer como entrou na residência. Segundo o delegado, o homem não aparentava nervosismo nem sinais de alteração por álcool ou drogas.
A mãe da menina está em estado de choque. Lavínia era aluna da Escola Anísio Teixeira, próxima a casa onde morava, e costumava ir e voltar sozinha da escola. Era ela quem levava a irmã mais nova em outra escola, também na região. O corpo vai ser velado em barracão cedido por um comerciante, na Vila Esperança. Às 13 horas de segunda-feira está previsto o enterro, no Cemitério Municipal do Boqueirão.
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