Lindemberg Alves, 22, deixou por volta das 6h10 desta quinta-feira (8) a penitenciária de Tremembé (138 km de SP) em direção ao fórum de Santo André, no ABC Paulista. O jovem é acusado de seqüestrar jovens e matar a ex-namorada no apartamento dela, em outubro do ano passado.

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Por volta das 9h desta quinta começa no fórum a primeira audiência para julgar o suspeito de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, 15. Lindemberg também responde pelo crime de seqüestro. Além de manter Eloá refém, ele também usou uma arma para seqüestrar Nayara Silva, 16, e dois jovens. Todas as vítimas eram amigas de colégio.

Durante o depoimento de acusação, as testemunhas podem pedir que Lindemberg seja retirado da sala durante a audiência, caso não se sintam confortáveis em falar na presença dele.

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A audiência será presidida pelo juiz José Carlos de França Carvalho Neto, da Vara do Júri e Execuções Criminais de Santo André. O juiz irá ouvir cinco testemunhas de acusação, dez de defesa e, depois, Lindemberg Alves. A advogada dele, Ana Lúcia Assad, disse que ainda não está decidido se ele falará.

"Durante a audiência, nós iremos decidir se o rapaz vai falar, ou não", disse a defensora nesta quarta-feira (7). Ela não quis adiantar quem são as testemunhas arroladas no processo pela defesa, apenas disse que são pessoas do bairro, que conhecem o acusado. Depois do interrogatório de Lindemberg, o juiz ouvirá as manifestações da defesa e do Ministério Público.

Acusações

Lindemberg responde por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) com relação a Nayara, e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a execução de crimes) em relação ao sargento da Polícia Militar contra quem Lindemberg atirou.

Além disso, ele foi denunciado pelo Ministério Público cinco vezes por cárcere privado qualificado em relação a Nayara (duas vezes), a Eloá e aos outros dois adolescentes mantidos reféns no primeiro dos cinco dias do seqüestro. Ele também foi denunciado quatro vezes por disparo de arma de fogo.

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