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O paraguaio Idelino Ramon Silvero aguarda a análise do pedido de asilo político (permanência) feito ao governo brasileiro para ganhar a liberdade e não ser extraditado. Ele foi preso há um ano e dois meses pela Interpol (polícia internacional), em Foz do Iguaçu, onde morava há cinco anos, acusado de participação num seqüestro em Ciudad del Este, em 2003. Há dez meses, ele está abrigado na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), em caráter provisório. Em 14 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal votou a favor da extradição pedida pelo governo paraguaio. Silvero recorreu e agora aguarda um novo julgamento.

Ex-candidato a deputado no Paraguai pelo Partido Liberal, ele diz que sofre perseguição política em seu país. "No Paraguai, quando se denuncia alguma coisa, logo eles arrumam algum B.O. (boletim de ocorrência) para tirar a gente do caminho", alega ele, que contou ser dono do jornal Página 7 e da revista Gazeta Plus. "Quando o suposto seqüestro veio à tona, estávamos revelando irregularidades", conta.

Nascido em Coronel Oviedo, Silvero diz que não sente falta do Paraguai. "Minha mãe ainda mora em Ciudad del Este, mas tenho mulher e uma filha no Brasil. Hoje me sinto mais brasileiro. Só penso em voltar ao Paraguai quando mudar o governo que está lá", diz ele.

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