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Os advogados dos vigilantes acusados de assassinar o estudante Bruno Strobel Coelho Santos, 19 anos, filho do jornalista Vinícius Coelho, defendem versões diferentes sobre o caso. Após desaparecer no dia 2 de outubro, o corpo do rapaz foi encontrado com dois tiros na cabeça seis dias depois em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. Investigações levaram à prisão dos seguranças Marlon Balem Janke (acusado de disparar contra o estudante), Eliandro Luiz Marconcini e Douglas Rodrigo Sampaio, todos da empresa Centronic. Bruno teria sido detido quando pichava o muro de uma clínica.

Para Cláudio Daledone, que defende Sampaio, Bruno já teria chegado morto ao matagal de Almirante Tamandaré, à beira da Rodovia dos Minérios. Segundo o advogado, Douglas Sampaio, que trabalhava em Almirante Tamandaré, teria recebido um chamado pelo rádio para auxiliar Janke e Marconcini, mas ele não sabia exatamente em quê. "Quando o Douglas encontrou com os outros dois, o Bruno já estava morto no porta-malas do carro. Na reconstituição do caso na quinta-feira tudo vai ficar elucidado", enfatiza Daledone.

O advogado de Janke, Antônio Neiva de Macedo filho, defende que a versão apresentada pelo advogado de Sampaio não condiz com a realidade. "Estão tentando desvincular a realidade. Até porque não foram encontrados indícios no carro, como manchas de sangue, para serem averiguados pela perícia", defende.

Uma terceira versão ainda chegou a ser apresentada por Marconcini em entrevista ao programa Revista RPC, no último domingo. Ele disse que ouviu um disparo enquanto manobrava o carro. Quando desceu do veículo, viu Bruno já morto.

Laudo

Além da reconstituição do assassinato a ser feita pela Polícia Civil na quinta-feira, o laudo da Polícia Federal (PF) dos documentos e materiais apreendidos na sede da Centronic na semana passada deve ficar pronto até sexta-feira. Além do registro das armas e da atualização do treinamento dos funcionários da empresa, a PF também recolheu indícios de que haveria torturas na sede da Centronic.

O responsável pela Delegacia de Segurança Privada da PF no Paraná, Wilson Bonfim, explica que caso sejam comprovadas as irregularidades, a Centronic pode ter o registro para atuar na área de vigilância cassado.

O advogado da Centronic, Elias Mattar Assad, defende a averiguação por parte da PF dos documentos da empresa. "Isso vai ser benéfico para mostrar que, se houver alguma irregularidade, ela já estava sendo sanada pela própria empresa antes mesmo da investigação da Polícia Federal", aponta.

Ontem, na Rua José de Alencar, nas proximidades da sede da Centronic, no bairro Alto da XV, surgiram cartazes colados em muros e postes com a inscrição "A Centronic mata!!!".

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