Rio de Janeiro – O advogado Leonardo Marinho entregou ontem no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de liberdade provisória em favor do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15.ª Região Ernesto da Luz Pinto Dória, acusado de porte ilegal de armas.

CARREGANDO :)

Dória deveria ter deixado a carceragem da Polícia Federal (PF) de Brasília no sábado, quando ele, juntamente com outros dois desembargadores e um procurador-regional da República obtiveram no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de deixar a prisão.

O problema é que as buscas realizadas pela PF descobriram armas ilegais na casa do desembargador, e isso gerou um segundo mandado de prisão – agora por porte ilegal de arma. Não há previsão para a avaliação do novo pedido de liberdade de Dória.

Publicidade

No total, 25 pessoas foram presas na operação Furacão suspeitas de integrar um esquema de exploração de jogos ilegais – bingos e máquinas caça-níqueis. Excetuando os magistrados e o procurador que foram soltos, os outros 21 acusados tiveram prisão preventiva decretada pelo STF, na mesma decisão.

Naquela mesma sentença, o STF ainda recusou o pedido de prisão feito contra o ministro do STJ Paulo Medina, suspeito de ter proferido uma sentença para favorecer donos de casas de bingo, segundo a PF. Há suspeita de que a decisão tenha sido vendida por R$ 1 milhão.

Na sexta-feira, após o surgimento da denúncia, Medina pediu afastamento do STJ por 28 dias alegando problemas de saúde.