Acusado pela morte de coordenadora de ONG respondia por outro assassinato em liberdade

• 0

O acusado pela polícia de ser o assassino da coordenadora da ONG EquoGymni, Cláudia Maria Briguetti, respondia em liberdade pela morte da esposa, grávida na época do assassinato. O crime ocorreu em outubro do ano passado e a vítima também foi assassinada a facadas. Dependente químico, o homem teria conseguido a liberdade provisória sob a condição de que passaria por um tratamento de reabilitação.

De acordo com o delegado Michel Teixeira, responsável pelo caso do assassinato de Cláudia, o homem foi trabalhar na ONG que funcionava em um terreno cedido pela UTFPR, em São José dos Pinhais, na RMC, por indicação de um ex-patrão. A intenção seria se manter longe das drogas e ao mesmo tempo ajudar Cláudia na lida com os cavalos. O convívio, porém, foi ficando complicado. “No dia do crime, eles tiveram uma discussão durante o café da manhã. Depois disso, ele afirma não lembrar de mais nada”, conta Teixeira.

Segundo as investigações, Cláudia foi inicialmente agredida com uma faca de pão. Depois, ela foi golpeada por uma tesoura de jardinagem. Após ter certeza de que Cláudia estava morta, o homem fugiu com o carro da vítima, o qual abandonou na região central de Curitiba.

O crime cometido no ano passado pelo acusado do assassinato de Cláudia tem semelhanças com o ocorrido neste ano. A vítima foi morta com vários golpes de faca após uma discussão e o homem fugiu do local do crime sem fazer alterações na cena. Mas, no ano passado, ele entrou em contato com pessoas próximas para contar o que havia feito. Só então a polícia foi até a casa do casal e localizou o corpo da vítima.

Desta vez, ele ficou escondido e em silêncio. Contando com a ajuda da mãe, o homem ficou em pensionatos da região central e também procurou abrigo em uma clínica de reabilitação. A polícia encontrou o suspeito por meio de uma denúncia anônima no último sábado (7). A pessoa teria reconhecido o suspeito após a divulgação de imagens na mídia.