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Ezequiel (à esquerda) e Henrique (à direita) aparecem fazendo gestos nazistas em fotos conseguidas pela polícia | Polícia Civil
Ezequiel (à esquerda) e Henrique (à direita) aparecem fazendo gestos nazistas em fotos conseguidas pela polícia| Foto: Polícia Civil
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O jovem acusado de integrar um grupo de skinheads que perseguiu e matou o jovem Lucas Carvalho, de 18 anos, se apresentou à polícia e apresentou detalhes sobre o crime. Em acareação com outros dois acusados que estão presos, Jean Michael Zampiva Mattos, o "Sombra", de 23 anos, disse à polícia que os sete skinheads que participaram do atentado desferiram golpes de faca contra a vítima.

De acordo com o delegado Vinícius Martins, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), Mattos também assumiu ter dado uma facada contra o jovem. "O depoimento de Mattos foi muito rico em detalhes. Ele contou como tudo aconteceu e esclareceu a participação de cada um", disse o responsável pelas investigações.

Diante dos outros acusados, Mattos teria afirmado que imobilizou Carvalho e lhe deu a primeira facada. Em seguida, Gabriel Cata Preta, de 18 anos (que está preso), teria esfaqueado a região temporal esquerda do rapaz. Esta versão bate com a de Fernando Santana, de 28 anos, que também está preso e que já havia afirmado de Cata Preta teria dado um dos golpes.

"Mas o que mais chamou a atenção foi a participação de um skinhead conhecido apenas por Pedro ‘Pepo’. Segundo Mattos, ele derrubou a vítima e deu pelo menos três facadas seguidas nas costas do rapaz. Isso depois que Carvalho estava bastante ferido", disse o delegado. Pepo seria morador do Centro de Curitiba e ainda é procurado pela polícia.

Como a prisão temporária de Mattos ainda não foi expedida pela Justiça, ele foi liberado depois da acareação.

Outros skinheads

A partir de pesquisas em mídias sociais, a polícia também conseguiu fotos de outros dois jovens, acusados de integrar o grupo de skinheads e de esfaquear Carvalho. Uma das imagens mostra um dos acusados – identificado como Henrique – fazendo uma saudação nazista. O outro suspeito – Ezequiel – faz um sinal chamado "W", que significa "White Power", uma expressão usada por skinheads neonazistas. O outro acusado foi identificado como Hugo. Os três seriam moradores de Piraquara, região metropolitana.

Na quinta-feira (7), a DFR divulgou imagens de câmeras de segurança de um prédio para onde os skinheads foram logo depois de cometer o crime. A partir dessas imagens, a polícia espera identificar todos os suspeitos.

De acordo com a polícia, Carvalho foi perseguido e assassinado, porque foi confundido com um punk que teria participado de um atentado contra Fernanda Santana, de 28 anos, que também está preso. Cata Preta confirmou esta informação.

O crime

Carvalho foi assassinado por volta das 19h15, depois de ter saído do Shopping Mueller, acompanhado de um grupo de amigos. Eles foram perseguidos por sete skinheads e, na fuga, se separaram. Lucas Carvalho e um amigo foram alcançados próximo ao Cemitério Municipal.

De acordo com a polícia, Cata Preta e Mattos seguraram Carvalho pelo braço e os outros integrantes do grupo começaram a agredi-lo. A vítima foi atingida com vários golpes de faca e morreu a caminho do hospital. "De acordo com as investigações, as facadas foram dadas por Cata Preta, Mattos e por Santana", apontou o delegado.

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