Os três homens acusados de serem os autores da chacina de Guaíra vão a júri popular. A Promotoria de Justiça da cidade pediu 250 anos de prisão para cada um dos três suspeitos: Jair Corrêa, Ademar Fernando Luis e Fabiano Alves de Andrade. O crime aconteceu em setembro do ano passado, quando 15 pessoas foram mortas e oito ficaram feridas.
A decisão de levar o caso a júri popular foi tomada pelo juiz Wendel Fernando Brunieri na terça-feira (16) e atende ao pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR). A Promotoria foi notificada da sentença nesta segunda-feira (22). Os três acusados estão detidos preventivamente. Se não houver recurso por parte da defesa, a previsão é de que os acusados sejam julgados em setembro.
Denúncia
Os réus foram denunciados criminalmente pelo MP-PR, em 12 de dezembro do ano passado, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. A denúncia foi recebida no mesmo mês pela Justiça, que também decretou as prisões preventivas de todos os suspeitos. A Promotoria entendeu que os crimes foram praticados com crueldade, sem chance de defesa para as vítimas, além de algumas delas terem sido torturadas antes de serem mortas.
Maior chacina do Paraná
No dia 22 de setembro do ano passado, 15 pessoas foram mortas, na maior chacina já registrada do estado do Paraná. Entre as vítimas havia duas mulheres, uma delas menor de idade. Oito pessoas ficaram feridas algumas delas se fingiram de mortas para escapar da execução. Uma mulher e duas crianças escaparam sem ferimentos.
O crime aconteceu em um sítio às margens do lago de Itaipu, na divisa com o Paraguai. Os bandidos, todos encapuzados, foram até o local de barco. O motivo do crime seria uma dívida de R$ 4 mil entre narcotraficantes.
Jair Correia foi o primeiro a ser preso. Ele foi capturado no dia 15 de outubro, em Rosana, no interior de São Paulo. Outro acusado, Ademar Fernando Luiz, foi preso do dia 21 de outubro em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Três dias depois, a polícia prendeu Fabiano Alves de Andrade, em Itaquiraí, Mato Grosso do Sul.
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