Os dois detentos acusados de envolvimento na morte de outros 27 presos na Casa de Detenção José Mário Alves, conhecida como Presídio Urso Branco, em Rondônia, foram condenados no início da madrugada desta sexta-feira (7), em Porto Velho. O Tribunal do Júri condenou um deles a 486 anos de prisão e o outro detento, a 445 anos e seis meses de reclusão.
Cada detento foi julgado e condenado por 27 homicídios. Um deles pegou 18 anos de prisão por homicídio, o que resultou na pena de 486 anos de prisão. O outro foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão por homicídio, resultando, então, na pena de 445 anos e seis meses de prisão.
Da decisão cabe recurso. As defesas dos dois detentos já entraram com pedidos de recurso. Os condenados não têm direito a aguardar essa decisão em liberdade e foram encaminhados de volta ao presídio assim que a sessão foi encerrada.
No total, 16 detentos teriam participado do crime, que ocorreu em 2002. Na época dos assassinatos, os réus estavam presos na mesma unidade das vítimas. De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia, até o fim de maio, todos os acusados no mesmo processo serão julgados.
Ainda de acordo com o TJ, ex-diretores da unidade prisional também foram acusados de envolvimento, mas recorreram da decisão e aguardam julgamentos de recursos.
No primeiro dia de júri, na quarta-feira (5), os dois acusados negaram envolvimento no caso e alegaram que estavam feridos no dia em que ocorreram as mortes. Um deles está preso por homicídio, latrocínio e assalto. O outro foi condenado por participação em assaltos.
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