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O julgamento de Paulo Roberto Pereira Quinta, conhecido como Paulo Tutancâmon, e de Francisco Diego Vidal Coutinho, o Russinho, acusados da morte do delegado de Pontal do Paraná José Antônio Zuba e do funcionário público Adilson da Silva, começou ontem, no Fórum de Matinhos, no Litoral do estado.

O julgamento começou às 9 horas e foi interrompido às 14 horas para o almoço. Todas as testemunhas previstas, de acusação e defesa, foram ouvidas. Após os depoimentos, o juiz, promotores, advogados e assistentes de acusação fizeram uma inspeção no local do crime, o camping Olho d’Água, e retornaram ao fórum para dar sequência ao julgamento.

Até as 21h30, um dos réus estava sendo interrogado e a expectativa era de que o juiz ouviria o segundo acusado ainda ontem, de acordo com a Vara Criminal de Matinhos. O julgamento deve recomeçar hoje.

Relembre o caso

O delegado Zuba recebeu uma denúncia de que havia homens armados em duas barracas no camping Olho d’Água. Ele se dirigiu ao local com Adilson da Silva e as investigadoras Luiza Helena Santos e Noeli de Fátima Avine. Quando se identificou, falando que era policial, Zuba foi baleado.

O delegado estava sem o colete à prova de balas. Segundo as investigadores, os outros bandidos já saíram atirando com duas pistolas na mão. Adilson também foi atingido.

Os quatro criminosos renderam Luiza e Noeli. Elas foram ameaçadas e, segundo a polícia, tiveram de implorar para não morrer. Segundo elas, um dos bandidos ainda deu mais um tiro na cabeça de Zuba quando ele já estava no chão. Os criminosos as libertaram e fugiram em dois carros com placas do Rio de Janeiro.

Coutinho, preso no dia da morte de Zuba, disse em interrogatório que o grupo faz parte de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Outros dois suspeitos da morte do delegado morreram em confronto com a polícia em 2010 e eram fugitivos do presídio de Bangu, no Rio de Janeiro.

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