Os dois adolescentes, de 15 e 18 anos, detidos pelo latrocínio, abuso sexual e ocultação do cadáver da universitária Ana Cláudia Caron, 18 anos, ficarão internados num educandário durante três anos, medida máxima prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A decisão prevê avaliações periódicas a cada seis meses, com o objetivo de descobrir se eles poderão ou não deixar o educandário antes dos três anos.
A decisão da juíza Josiane Ferreira Machado Lima, da comarca de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, foi igualmente aplicada para os dois adolescentes, apesar do mais velho inocentar o mais novo na morte e na violência sexual. Além do processo contra os dois adolescentes, há uma ação penal contra o suposto traficante por latrocínio e a ocultação de cadáver. Na mesma ação, a namorada de um dos adolescentes é acusada de receptação.
O advogado Luiz Cláudio Falarz, que defende o adolescente de 15 anos, vai recorrer da decisão. Já o advogado do rapaz de 18 anos, Benjamin Pedro Zonato, não foi localizado para comentar o assunto.
Crime
Ana Cláudia Caron tinha 18 anos e era estudante de Educação Física na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela foi seqüestrada na noite do dia 21 de agosto deste ano, quando estacionava o seu carro próximo a uma academia de artes marciais que freqüentava, na Rua Paula Gomes, no bairro São Francisco, em Curitiba. O corpo dela foi encontrado dois dias depois sem roupas, com um tiro na boca e queimado em um matagal em Almirante Tamandaré.
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