Dois homens foram presos na manhã desta quarta-feira (19) por práticas de atos obscenos contra mulheres na Estação Sé do Metrô de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, um deles filmava com a câmera de um celular as partes íntimas de mulheres e o outro se aproximava por trás e pressionava a genitália nas vítimas.

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De acordo com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Divisão Especial de Atendimento ao Turista (Deatur), à qual se subordina a Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), um dos dois acusados é o técnico em informática Bruno Perroni, de 24 anos. Segundo a polícia, seria ele quem filmava, por baixo, as mulheres no Metrô.

O outro suspeito é o engenheiro Eduardo Nascimento, de 26 anos, que se insinuaria sobre as vítimas. Os dois foram enquadrados por importunação ofensiva ao pudor.

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Não é o primeiro caso envolvendo assédio sexual no sistema metroviário paulistano nesta semana. Na tarde de segunda-feira (17), o universitário Adilton Aquino dos Santos, de 24 anos, foi enquadrado por estupro depois de molestar uma passageira que viajava em um trem da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A mulher teve o braço segurado pelo acusado, que tentou ainda arrancar a calça da vítima. Outros passageiros do trem espancaram o acusado. As agressões só pararam quando seguranças interferiram. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o jovem confessou o ataque. "Infelizmente, foi um fato. Estava muito apertado (no trem) e eu não aguentei."

Ocorrências

Com o caso desta quarta-feira (19), chega a 17 o número de ocorrências semelhantes registrados neste ano pela Delpom. O episódio envolvendo Adilton Aquino foi o único registrado como estupro - os demais aparecem como importunação ofensiva.

Investigações. A Delpom, responsável por investigações de crimes no Metrô e nos trens da Grande São Paulo, está rastreando as identidades eletrônicas - IPs - dos computadores de pessoas que administram sites de incentivo ao assédio sexual no transporte público. Recentemente, páginas como "Encoxadores", no Facebook, com mais de 12 mil seguidores, vêm atraindo a atenção da polícia que pretende identificar e prender os responsáveis por criar os sites ou publicar neles relatos pessoais de abuso de mulheres.

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