Em dezembro do ano passado, as chamas destruíram parte da área de preservação ecológica| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Três rapazes que prestavam serviços de limpeza e jardinagem para uma empresa terceirizada no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foram presos na madrugada de ontem acusados de envolvimento nos incêndios ocorridos nos últimos sete meses.

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Segundo a Polícia Ambiental, a suspeita é de que o trio tenha praticado os incêndios em troca de dinheiro de pessoas interessadas em prejudicar a administração atual do parque. Os rapazes trabalhavam, inclusive, na Brigada de Incêndio da unidade.

Entre julho de 2011 e o início desta semana, o parque de Vila Velha registrou 71 focos de incêndio, segundo a gerência da unidade. Conforme o comando da Polícia Ambiental, foram consumidos 684,93 hectares durante as queimadas, ou seja, 21% da área total do parque, que é de 3.122 hectares.

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Os acusados, Diego Morais, 20 anos, Vanderlei do Prado, 31, e Diego Daniel, 21, foram presos após um foco de incêndio que destruiu 3 mil metros quadrados de vegetação nesta segunda-feira.

O subtenente da Polícia Ambiental e comandante do destacamento, Jamil Dainelli, conta que havia indícios de passagem de pessoas entre o local onde o trio foi encontrado e o foco de incêndio. "A prin­cípio, eles negaram a prática, mas depois acabaram confessando. Um deles disse que estava precisando de dinheiro e por isso ateava fogo no parque". Mais duas pessoas são investigadas. Ainda conforme Dainelli já havia suspeita de que os incêndios eram criminosos. "Eles nos disseram que usavam velas para iniciar o fogo", acrescenta.

A gerente do parque, Maria Angela Dalcomune, disse que só vai se manifestar sobre a suspeita de que os incêndios foram provocados para desestabilizar a administração após a conclusão do inquérito da Polícia Civil. A delegada Tânia Maria Sviercoski Pinto, que tomou o depoimento dos acusados, lembrou que eles serão indiciados por incêndio em área de preservação permanente. A pena pode variar de um a cinco anos.