Dois anos e nove meses depois do assassinato do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, dois vigilantes acusados de participação no crime vão a júri popular. O julgamento, marcado para amanhã, será o primeiro relacionado ao caso. Os ex-funcionários da empresa de segurança privada Centronic Marlon Balen Janke, 33 anos, e Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29 anos, serão julgados em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, em outubro de 2007. Bruno foi torturado e morto com dois tiros na cabeça, depois de ser flagrado pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória, na capital.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Janke ainda responde por tortura mediante sequestro. Ele está preso no Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara. Rodrigues está detido na Casa de Custódia de Curitiba.
Os advogados de defesa dos dois réus devem adotar estratégias diferentes durante o julgamento. O responsável pela defesa de Rodrigues, Cláudio Dalledone Júnior, diz que vai mostrar que a Centronic tem ampla responsabilidade e influência no homicídio. Já o advogado Nilton Ribeiro, defensor de Janke, revela que o acusado vai confessar o crime diante do júri. "Ele não nega o que aconteceu e vai agir com honestidade. É uma pessoa que se arrependeu", conta Ribeiro.
O pai da vítima, o jornalista Vinicius Coelho, não crê que os vigilantes possam ser absolvidos. "Confiamos na Justiça. Não é possível outro resultado que não seja a condenação. Foi um crime bárbaro", diz Coelho. Outras cinco pessoas foram denunciadas pelo crime. Quatro acusados não foram julgados, pois recorreram da decisão que determinou que eles enfrentassem o júri popular. Já Eliandro Luiz Marconcini, que esteve foragido por nove meses, foi capturado em janeiro deste ano, no Balneário Ipanema, no litoral paranaense.
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