Greve
TRT-PR discute hoje o dissídio coletivo dos funcionários da Funpar
Uma nova audiência do dissídio coletivo de greve dos funcionários da Funpar que atuam no HC ocorre hoje, às 10 horas, na sede do TRT-PR, em Curitiba. A audiência foi convocada pela vice-presidente do tribunal, desembargadora Ana Carolina Zaina. Na audiência anterior, em 22 de maio, ficou acordado que qualquer solução dentro do dissídio protegeria expressamente os contratos de trabalho dos empregados da Funpar. "Apesar de as partes chegarem a um acordo, cujo pedido de homologação foi feito ao TRT-PR, houve o anúncio da nova paralisação, marcada para iniciar na quarta. A Funpar peticionou que a greve seja declarada ilegal e abusiva. Por ora, a Justiça determinou que se aguarde a audiência designada para esta terça", informou o TRT-PR.
Segundo a presidente do Sinditest-PR, Carla Cobalchini, o objetivo é ampliar a suspensão da ação civil pública por sete anos, e que a UFPR considere uma cláusula de aposentadoria para que, após esse período, funcionários a menos de três anos de se aposentar não sejam demitidos. "Também vamos propor que não seja votada a adesão à Ebserh. Em vez disso, que se obrigue judicialmente a chamar quem já foi aprovado em concurso púlico anterior e não foi chamado. A Ebserh não é a única forma para solucionarmos a falta de funcionários."
O Conselho Universitário da UFPR vai deliberar sobre a adesão do Hospital de Clínicas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) nesta quarta-feira, às 9 horas. A data inicialmente marcada para a votação era quinta-feira. A antecipação foi uma decisão do reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho. Segundo ele, serão convidados a participar da reunião integrantes do Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR). O resultado deve ser conhecido até o meio-dia de amanhã.
Akel reitera que o contrato proposto com a Ebserh é de cogestão. O TRT havia estipulado uma decisão sobre a adesão à estatal até o dia 19, sob pena de a universidade ser multada em R$ 100 mil ao dia. O reitor afirma ainda que, caso o HC seja administrado pela Ebserh, o hospital passará dos atuais 411 leitos para 670. Caso a adesão não seja aprovada, o hospital deve se limitar a funcionar com apenas 163 leitos. Além disso, não haverá garantia da manutenção dos 916 funcionários da Fundação da UFPR (Funpar) que atuam na instituição. "Com a adesão, conseguiremos garantir a permanência deles por pelo menos mais cinco anos", explica.
O Sinditest-PR classificou a medida como um "golpe", já que estava programando uma mobilização para a quinta-feira. Segundo a presidente do sindicato, Carla Cobalchini, um ato público foi antecipado e também será realizado na quarta, a partir das 7 horas, no pátio do prédio da Reitoria. "A Ebserh vai contra os servidores. Os da Funpar terão uma demissão escalonada."
Também na quarta terá início a greve dos 916 trabalhadores da Funpar, que atuam no HC. O Sinditest diz que 50% do efetivo continuará trabalhando, conforme determinação do TRT-PR.
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