Rio de Janeiro - A audiência sobre a inclusão definitiva de um dos assassinos do menino João Hélio no Pro­grama de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) foi adiada. O juiz da 2.ª Vara da Infância e da Juventude, Marcius da Costa Ferreira, requisitará novas avaliações psicológicas de Ezequiel Toledo de Lima, 19 anos, para tomar a decisão. Menor na época do crime, o jovem progrediu ao regime de semiliberdade após três anos de pena.

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No dia 10, a Justiça determinou a inclusão do rapaz no programa. O Ministério Público do Rio alegou que não foi consultado e pediu a suspensão da decisão. Ainda não há data marcada para uma nova audiência. "O juiz afirmou que precisa de novas avaliações, ouvir o Ministério Público e os advogados de acusação para tomar uma decisão. Este é um caso muito sério e confiamos na Justiça. A inclusão dele no programa é um incentivo ao crime. A ferida da família de João Hélio não fechará nunca", disse o advogado da família do menino, Gilberto Fonseca.

O crime aconteceu em fevereiro de 2007. Lima era o único menor que fazia parte do grupo que abordou o Corsa Sedan dirigido pela mãe de João Hélio, Rosa Cristina Fernandes. Os assaltantes impediram a mulher de retirar o filho do carro. Foi Lima quem fechou a porta do carro roubado e deixou João Hélio pendurado pelo cinto de segurança do lado de fora. O menino foi arrastado por seis quilômetros e morreu.

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Um relatório do Depar­tamen­to Geral de Ações Socioeducativas (Degase) aponta que Lima participou de dois motins em tentativas de fuga no internato Escola João Luiz. Em uma delas, de acordo com o documento, ele e ou­­tros menores agrediram e tentaram matar um agente. O advogado da ONG Projeto Legal, Car­los Ni­­co­demos, afirma que não há qualquer processo na Justiça contra o seu cliente por estes supostos crimes.