Um adolescente de 14 anos confessou ter matado o primo, de apenas 4 anos, na noite da última quarta-feira (16), no complexo de favelas da Maré, zona norte do Rio. O corpo de Caio Henrique Santos da Silva foi localizado na manhã desta quinta-feira (17), dentro da máquina de lavar da casa da própria mãe, Vanessa Lima dos Santos de 31 anos.
Segundo a polícia, o menino foi atingido por golpes de faca. Responsáveis pela investigação disseram que o assassino afirmou ter tido um "acesso de raiva" depois de brigar com o primo.
O adolescente chegou à delegacia em um tanque do Exército. Parentes e vizinhos de Caio cercaram a casa do adolescente, revoltados com a violência contra o menino, e foram contidos por homens da Força de Pacificação da Maré, que ocupa o conjunto de favelas desde o último dia 5.
O corpo da criança foi localizado enquanto a mãe da vítima prestava depoimento na 21ª Delegacia, em Bonsucesso. De acordo com a Força de Pacificação do Exército, por volta das 18h30 de quarta-feira militares que realizavam uma patrulha foram atacados com rojões lançados por "pessoas ligadas ao crime organizado". Segundo o major Alberto Horita, assessor de imprensa das tropas militares, o grupo não revidou aos ataques e os suspeitos conseguiram escapar.
A mãe da criança afirmou que observava o filho brincar quando uma bomba foi lançada na rua por militares para dispersar um protesto de moradores. "Ele correu com as outras crianças. Mas ele não correu na minha direção nem foi para casa", disse Vanessa Lima, que trabalha como cozinheira e é mãe de outros quatro filhos.
Nesta quinta-feira, 17, um grupo de moradores começou a organizar um protesto pela morte de Caio, mas desistiu da manifestação.
Parentes da criança passaram a noite tentando localizá-la. Segundo o major Horita, por volta das 22h um grupo de moradores teria comunicado às tropas o desaparecimento do garoto. Patrulhas foram realizadas ao longo da noite, sem sucesso.
Esta é a terceira morte na favela em menos de duas semanas de ocupação pelas Forças de Pacificação do Exército. Na última segunda-feira, Teresinha Justino da Silva, de 67 anos, foi atingida por dois tiros ao deixar uma farmácia. Ela morreu no local e outra pessoa ficou ferida. Ainda não há informações sobre a autoria dos disparos. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que solicitou as armas dos policiais militares que atuavam na região naquele dia.
No sábado, dia 12, Jeferson Rodrigues da Silva, de 18 anos, foi morto a tiros na comunidade Vila do João. Segundo o exército, a vítima estava com outro jovem em uma viela e reagiu ao ser abordado por uma patrulha. Houve troca de tiros com suspeitos e o suspeito foi atingido.
O Exército ocupa o conjunto de 15 favelas com 2500 militares da Brigada Paraquedista e fuzileiros navais. Na segunda etapa, prevista para o segundo semestre, outros 4 mil militares da Força Nacional podem atuar na operação, batizada de São Francisco.
Duas semanas antes da chegada das Forças Armadas, a Polícia Militar também ocupou o conjunto de favelas. No período, de acordo com a Secretaria de Segurança do Rio, 16 pessoas foram mortas e outras oito ficaram feridas. Um arsenal de 101 armas foi encontrado.
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