Permanece internado em estado grave o adolescente de 15 anos que sofreu traumatismo craniano após cair de um brinquedo ‘kamikaze’ que quebrou em uma festa no município de Castro, na região dos Campos Gerais, na tarde de domingo (22). De acordo com boletim médico divulgado pelo Hospital Bom Jesus na manhã desta segunda-feira (23), Bruno Ramon Pereira encontra-se entubado, respira com ajuda de aparelhos e utiliza medicamentos para tratamento de infecção e manutenção da pressão arterial.

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Segundo o médico Marcelo Tessari, que assina o boletim, Pereira sofreu "politraumatismo grave, com fratura de crânio, fratura de ossos da face, laceração com avulsão da hemiface direita, fratura exposta de joelho e fêmur direito, traumatismo abdominal e feridas múltiplas no membro inferior esquerdo e região perineal".

Além de Pereira, outras nove pessoas ficaram feridas depois que o brinquedo, que chega a dar giros de 360 graus, partiu ao meio, derrubando os ocupantes, por volta das 15h50. Todas as vítimas, que têm entre 12 e 18 anos de idade, foram encaminhadas ao Hospital Ana Fioriolo Menarin, em Castro. Ainda no domingo, o garoto de 15 anos foi transferido para o Hospital Bom Jesus, de Ponta Grossa. Os demais adolescentes apresentavam apenas lesões consideradas leves e foram todos liberados no mesmo dia.

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Investigação

O parque foi montado para as comemorações do aniversário de 305 anos da cidade. Depois do acidente, todos os brinquedos foram interditados pela Polícia Militar (PM). Na tarde desta segunda-feira, uma equipe do Instituto de Criminalística fará uma perícia no brinquedo para analisar as causas do problema.

De acordo com o delegado da cidade, Getúlio Vargas, ainda é cedo para apontar responsáveis. Apenas Claudinei de Moura, dono do brinquedo, foi ouvido até agora, já que o responsável pelo parque não foi localizado no domingo, segundo o delegado. Moura disse à polícia que ele mesmo fazia a manutenção do equipamento, que tinha menos de um ano de uso.

"Começaremos a ouvir as vítimas na tarde desta segunda-feira, já que todas estavam hospitalizadas no domingo", diz o delegado. Vargas afirma ainda que a polícia não sabe se o parque tinha permissão para funcionar. "Não posso dizer nem que tinha nem que não tinha autorização. Ainda não temos essa informação", conta.

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