Um adolescente de 17 anos apontado pela polícia como o principal suspeito de assassinar Jorge Guilherme Marinho Martins, filho de Jorge Luiz Thais Martins, comandante do Corpo de Bombeiros, foi detido na tarde de terça-feira (10). De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial do governo do estado, o suspeito foi reconhecido pela namorada de Jorge Guilherme, Jéssica Andrade Casas, que também foi baleada durante a tentativa de assalto que terminou na morte do jovem.

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Jéssica e Jorge Guilherme estavam em um carro no bairro Boqueirão voltando de uma festa no dia 22 de outubro, quando foram abordados por um assaltante que pediu as chaves do veículo. Depois de o bandido disparar contra Jéssica, o jovem reagiu, foi baleado e morreu no local.

Segundo a AEN, o adolescente detido tem passagem anterior pela polícia por tráfico de drogas, e confessou o assassinato de outro jovem, pelo qual já era suspeito em outra investigação. A delegada Nilcéia Ferraro da Silva, da Delegacia do Adolescente, disse que Jéssica foi incisiva no reconhecimento do rapaz.

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O adolescente foi apreendido no Hospital do Trabalhador, quando acompanhava a namorada, de 15 anos, que estava em trabalho de parto. A polícia já tinha um mandado de busca e apreensão contra ele pela investigação da morte de Daniel Ventania Santana, ocorrido em 19 de setembro, no bairro Tatuquara. O suspeito passou a ser investigado também pela morte de Jorge Guilherme depois que a namorada da vítima o reconheceu em foto e vídeo.

Na terça-feira, ela confirmou o reconhecimento ao ver o adolescente pessoalmente, segundo a polícia. Apesar disso, o suspeito não confessou o assassinato de Jorge Guilherme.

De acordo com a AEN, ao admitir o outro assassinato, ele disse que matou Santana porque foi ameaçado de morte pelo rapaz. "Ele alega que depois de matar Daniel foi para Itanhaém, em São Paulo, para a casa da família e deixou a arma no ônibus de viagem", disse a delegada.

Assassinato

O assassinato de Jorge Guilherme gerou comoção e uma grande mobilização na cidade. Logo após o crime, o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, determinou uma força-tarefa das delegacias de Homicídios, de Furtos e Roubos e de Furtos e Roubos de Veículos e do Comando do Policiamento da Capital da Polícia Militar (PM) para investigar o crime.

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Aproximadamente mil pessoas acompanharam o enterro do jovem, realizado na manhã seguinte, no Cemitério Municipal Água Verde. O tráfego chegou a ficar lento nas proximidades do cemitério por conta do grande número de veículos que chegavam.

Uma semana depois, amigos e familiares de Jorge Guilherme, fizeram uma passeata pelas ruas da cidade para pedir paz. Pelo menos 200 pessoas participaram da manifestação, com camisetas brancas, cartazes, faixas, flores e balões brancos.

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