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Caixa com os bombons enviados para a família de Thalitha, em 2012. Na época, quatro adolescentes foram intoxicados | Heliberton Cesca/Arquivo/Gazeta do Povo
Caixa com os bombons enviados para a família de Thalitha, em 2012. Na época, quatro adolescentes foram intoxicados| Foto: Heliberton Cesca/Arquivo/Gazeta do Povo

Os três adolescentes com suspeita de envenenamento apresentaram melhora no estado de saúde nesta quinta-feira (15). Eles estão internados no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba. A família de uma das adolescentes, de 14 anos, recebeu uma caixa com oito bombons na tarde de segunda (12) e quatro pessoas passaram mal após ingerir parte dos brigadeiros.

Um taxista entregou os bombons na casa da família, no Jardim Futurama, no Umbará, de acordo com a Delegacia de Homicídios (DH). O taxista ainda não foi identificado. A polícia acredita que o veneno utilizado nos brigadeiros é "chumbinho", um tipo de raticida ilegal utilizado clandestinamente no Brasil e fabricado a partir de agrotóxicos. O laudo oficial do Instituto de Criminalística deve ficar pronto na próxima semana.

O estado da menina de 14 anos agora é considerado estável. Os médicos já trabalham com a possibilidade de reduzir a medicação, de acordo com a assessoria de imprensa do HC. Ela segue internada na UTI. A jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória na segunda-feira.

O aniversário de 15 anos da vítima será no próximo sábado (17) e a adolescente achou que se tratava de doces para provar para a festa, de acordo com um vizinho, que não quis se identificar.

Outra jovem, de 16 anos, também apresentou melhora. Ela já não precisa da ajuda de aparelhos para respirar. Segundo o HC, a adolescente está consciente.

O garoto, de 16 anos, deixou a UTI, mas segue em observação. Ele poderá receber alta ainda nesta quinta-feira (15).

A quarta vítima, um menino de 13 anos, recebeu alta no fim da tarde de terça-feira. Ele estava internado, em observação, no Centro de Urgências Médicas do Pinheirinho.

Investigações

O delegado titular da Delegacia de Homicídios (DH), Rubens Recalcatti, afirmou que seis pessoas já foram ouvidas até no inquérito que investiga o caso. Um dos adolescentes contaminados, de 13 anos, recebeu alta nesta terça-feira (13) e já foi ouvido pela polícia. A polícia ainda não informou qual foi o conteúdo do depoimento.

O caso é tratado como tentativa de homicídio pela Polícia Civil. Recalcatti afirmou na quarta-feira (14) que uma das hipóteses de motivação para o envenenamento é um problema passional da adolescente de 14 anos. "Estamos investigando o envolvimento de um namorado ou ex-namorado", falou o delegado. Na terça, ele declarou que o fato de a menina ser filha de um policial militar também chama a atenção.

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